De acordo com o livro Brasil: o estado de uma nação – 2006, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 1992 e 2004, o grau de escolaridade foi um dos quesitos mais importantes para definir a escolha dos candidatos a uma vaga de trabalho formal (com carteira assinada).
Durante esse período, a parcela da população empregada que possuía mais de 11 anos de estudo cresceu 137,3%, passando de 11,9 milhões para 28,2 milhões. Já a participação no mercado de trabalho de quem tinha menos anos de estudo caiu de 25,6%, em 1992, para 19,9%, em 2004. Nesses 12 anos, 6,3 milhões de pessoas perderam postos de trabalho.
A publicação mostra ainda que a população em idade ativa, formada por todos os brasileiros acima de 16 anos, cresceu de 113,2 milhões, em 1992, para 147,2 milhões, em 2004. Desse total, 91 milhões de pessoas fazem parte da população economicamente ativa (PEA) e 56 milhões ainda não estão no mercado.
Outros fenômenos detectados pelo Ipea foram: o aumento da taxa de participação feminina no mercado de trabalho formal no período analisado; o crescimento dos empregos nas regiões Norte e Nordeste em ritmo superior ao verificado nas demais regiões; e a queda na participação dos jovens entre 15 e 24 anos no mercado de trabalho.
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