O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), apresentou hoje à Comissão de Assuntos Econômicos da Casa um requerimento para tentar preservar a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), de investigação por parte do Ministério Público. Mercadante pediu o arquivamento do parecer do senador Luiz Otávio (PMDB-PA), presidente da comissão, que solicitava a investigação sobre contrato supostamente irregular firmado pela ex-prefeita durante a sua gestão. Marta telefonou para o presidente da comissão e acertou seu comparecimento ao Senado na próxima terça-feira (13).
Mercadante e Marta já comunicaram ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a intenção de disputarem a eleição para o governo de São Paulo em 2006. O presidente tem procurado não opinar sobre o assunto e afirma que o anúncio de uma disputa interna foi precipitado. A atitude de Mercadante de preservar a ex-prefeita pode sinalizar uma tentativa de minimizar o conflito.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) propôs a convocação de Marta à comissão, para que ela preste esclarecimentos sobre o assunto. O senador receia que o contrato assinado pela ex-esposa, como prefeita da capital paulista, chegue ao Ministério Público.
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Em fevereiro de 2004, Marta Suplicy realizou uma operação de crédito supostamente irregular entre a prefeitura de São Paulo e a Eletrobrás para ampliação do Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente (Reluz). O contrato, por meio do qual a Eletrobrás repassou R$ 187 milhões à Eletropaulo, para modernização de pontos de iluminação na capital, ultrapassou o limite de endividamento municipal autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
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