Rodolfo Torres
Após a absolvição do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o líder do PT na Casa, Aloizio Mercadante (SP), descartou nesta quarta-feira (19) deixar o comando da bancada do partido. “Não vou contribuir para agravar a crise da bancada”, resumiu.
Ontem, o petista afirmou que abandonaria a liderança caso o bloco de apoio ao governo emplacasse aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética. (leia mais)
Contudo, Sarney acabou sendo absolvido das 11 acusações no colegiado. O peemedebista contou com o apoio de três senadores petistas: Delcídio Amaral (MS), Ideli Salvatti (SC) e João Pedro (AM). Para Mercadante, os senadores petistas adotaram uma posição partidária e votaram “constrangidos”.
Durante a sessão do Conselho de Ética, o senador João Pedrou leu um nota do presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), que propõe o arquivamento das denúncias contra Sarney. Para o presidente do PT, a crise do Senado tem motivação eleitoral e o arquivamento das denúncias seria uma forma de repelir a “tática política da oposição, que deseja estabelecer um ambiente de conflito e confusão política”.
No entanto, a oposição atribui o arquivamento das denúncias contra Sarney a uma interferência direta do presidente Lula. Para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), Lula “é o pizzaiolo”. A declaração é uma resposta a uma provocação do petista, que classificou os senadores de “bons pizzaiolos”.
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