O Ministério das Cidades apresentou na tarde desta terça-feira (16) um relatório com dados alarmantes. Cerca de 42,4% dos moradores de áreas urbanas do Brasil não tinham acesso a rede de esgoto em 2014. O número representa 93% dos moradores das cidades do país. Na área de saneamento, 96,8 milhões eram atendidos por redes coletoras de esgoto, o que significa 57,6% da população urbana.
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O secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Paulo Ferreira, afirmou que a falta de recursos deve impedir o país de cumprir a meta de 93% da população conectada à rede de coleta até 2033. Para ele, as maiores complicações a serem enfrentadas são a de disponibilidade de recurso e a gestão de estados e municípios.
“Temos que levar em conta que essas são metas ousadas. Existem municípios que têm dificuldade de gestão para fazer licitação ou obter licenciamento ambiental”, avaliou o secretário.
Em 2014, mais de 2,4 milhões de habitantes foram incluídos no serviço de abastecimento de água e 3,5 milhões passaram a ter acesso a saneamento. Segundo o diagnóstico, o país investiu em serviços de água e esgoto, no ano de 2014, total de R$ 12,2 bilhões, crescimento de 16,7% em relação a 2013. Os serviços de esgoto receberam diretamente 46% do total investido.
Em tempos de crise hídrica, o levantamento revelou que o consumo médio per capita de água no país foi 162 litros por habitante ao dia, queda de 2,6% em comparação a 2013. A população do Nordeste consumiu em média 118,9 litros, enquanto que no Sudeste foi 187,9 litros.
Os números fazem parte da 20ª edição do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos. O levantamento buscou informações sobre o abastecimento de água em 5.114 municípios e sobre rede de esgoto em 4.030 cidades.
* Com informações da Agência Brasil.
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