Médicos parlamentares afirmaram há pouco, durante encontro da categoria na Câmara, que vão votar a favor da regulamentação da Emenda 29, mesmo que essa não seja a recomendação do governo.
“Antes de ser governo, eu sou médico e tenho compromisso com a categoria”, afirmou o deputado Geraldo Resende (PMDB-MS). Os deputados Manato (PDT-ES) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), que são médicos e da base de apoio do governo, também anunciaram voto favorável à emenda.
Na semana passada, os senadores aprovaram a regulamentação de Emenda 29, que define regras para o financiamento da saúde e prevê acréscimo de R$ 23 bilhões no orçamento do setor até 2011. De autoria do senador Tião Viana (PT-AC), o Projeto de Lei Complementar 121/2007 esperava desde o ano 2000 para ser votado na Casa. A matéria agora será analisada na Câmara
Para uma platéia de médicos, o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), destacou que a matéria deve ser apreciada na primeira semana de maio deste ano, e alertou para a necessidade de rachar a base aliada do governo durante a votação. ”Se não dividirmos a base do governo, vamos perder”, profetizou
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O tucano ressaltou a necessidade de a categoria pressionar os parlamentares, tendo em vista que haverá eleições municipais neste ano. “Vamos fazer toda a pressão possível”, afirmou.
Por sua vez, o líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE), ressaltou que historicamente o seu partido é favorável ao aumento dos recursos para a saúde. Contudo, ele avalia que é necessário, em primeiro lugar, identificar as fontes de receitas para garantir os recursos adicionais à saúde.
”Precisamos ter equilíbrio e seriedade”, afirmou. De acordo com Rands, na próxima semana a base aliada do governo vai discutir quais serão essas fontes de financiamento. (Rodolfo Torres)
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