A presidente Dilma Rousseff afirmou que a “marola” que o Brasil enfrentou com a crise econômica mundial de 2008 se acumulou e, agora, virou “onda”. A declaração foi feita em coletiva de imprensa em Bruxelas, na Bélgica, após ser questionada se os efeitos da crise no Brasil ainda eram sentidos como uma “marolinha”, em referência a classificação dada pelo ex-presidente Lula. As informações são do jornal O Globo.
“Para nós, naquele momento, foi sim. Mas depois a marola se acumula e vira uma onda. Por que ela vira onda? Porque o mar não serenou. Se o mar tivesse serenado, se a economia americana tivesse, de fato, tido uma crise em V, ou seja, cai e depois sobe. Mas não foi isso. Agora é que está se curvando,” disse Dilma durante a II Cúpula de Países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia.
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De acordo com a presidente, a situação do Brasil diante da atual crise é completamente diferente da anterior. Para ela, todos os países estão sofrendo consequências e precisam fazer ajustes. “ Vamos lembrar que, além dos nossos problemas internos, a economia internacional, que estava em crise desde 2008, até hoje não se recuperou. Ela está andando de lado. Com 7% de crescimento da China, o menor em 25 anos, o crescimento do mundo ainda é de 2,8%”, disse.
Quanto aos ajustes fiscais realizados sob seu governo, a presidenta ressaltou que eles não refletem um momento de austeridade. “Nós fazemos um ajuste, mas nós não temos um desequíbrio estrutural. Nós continuamos com US$ 370 bilhões de reservas. Temos um sistema financeiro absolutamente sem bolha. O Brasil não tem um desequilíbrio fiscal estrutural,” defendeu ela.
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