Por unanimidade, a CPI dos Cartões Corporativos acaba de eleger a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) presidente do colegiado. Marisa deve confirmar, em instantes, a indicação do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) como relator das investigações. "A CPI não será instrumento de briga entre governo e oposição", prometeu a senadora, em seu primeiro pronunciamento após assumir oficialmente o cargo.
Esta é a primeira vez que uma mulher preside uma CPI. E, de acordo com Marisa Serrano, seu maior desafio será, em primeiro lugar, manter a ordem, e, em seguida, conseguir concluir de maneira satisfatória os trabalhos.
"Vou fazer o impossível para que a CPMI chegue a seu final e cumpra seu papel", afirmou a tucana. Neste momento, deputados e senadores discutem a eleição dos vice-presidentes do colegiado.
Plano de trabalho
O relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), avisou que já tem um plano para as investigações. Ele pretende começar os trabalhos ouvindo o ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, o Tribunal de Contas da União e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o ex-ministro Paulo Paiva, que comandava a pasta à época da criação dos Cartões Corporativos, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso.
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"Jorge Hage poderá relatar não apenas os casos divulgados na imprensa, como também outros. Ele poderá fazer um diagnóstico amplo", defendeu Luiz Sérgio.
O relator também garantiu que não haverá acordos entre governo e oposição para que os presidentes sejam poupados das investigações. "O único acordo possível é para irmos a fundo na investigação. Sem proteger ninguém", disse ele. (Soraia Costa)
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