Fábio Góis
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, está no Senado para participar do esforço concentrado antes das eleições de outubro. Em busca de votos para se tornar uma candidata competitiva, Marina disse aos jornalistas que a cercaram que dará um rosto a cada eleitor. Segundo ela, o fato de precisar do voto dos eleitores faz com que ela tenha uma relação mais individualizada com as pessoas. Ela só não explicou como é possível obter essa relação mais próxima com milhões de pessoas.
“Vou tirar o eleitor do anonimato. Sou a única que, de fato, precisa do eleitor para se eleger”, disse Marina, que oscila entre os percentuais de 7% e 9% nas mais recentes pesquisas de intenção de voto.
Em menção velada aos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), a ex-ministra do Meio Ambiente nos dois mandatos do governo Lula (deixou a pasta em agosto de 2009) disse que, por dispor de “grandes estruturas partidárias”, os demais candidatos não precisam manter uma relação “individualizada” com o eleitorado.
“Eu conto com a conscientização, o empenho e a determinação do eleitor brasileiro para eleger a primeira mulher para a Presidência da República”, disse Marina, que conta com uma mobilização de eleitores jovens, com grande participação em redes sociais na internet, encabeçada pelo Movimento Marina Silva.
Licenciada do Senado nos últimos dias para participar da campanha eleitoral, Marina está no Senado para participar do chamado esforço concentrado de votações – quando, por meio de acordo de lideranças, parlamentares se reúnem em dois ou três dias da semana para apenas votar proposições pendentes, antes de eleições ou recesso parlamentar.
Procedimento informal adotado tanto na Câmara quanto no Senado, o esforço concentrado exige quorum mínimo de parlamentares e pode ser convocado pelos presidentes da duas Casa legislativas, por proposta de colegiado de líderes partidários ou ainda por requerimento, acatado em plenário, apresentado por um grupo de parlamentares. Nessas sessões, debates e discussões são descartados, em tese, embora senadores e deputados façam livremente o uso da palavra.
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