– Em um primeiro momento, o empresário declarou que fez cinco empréstimos no BMG e no Rural, totalizando R$ 50,2 milhões;

– Mais tarde, em depoimento à Polícia Federal, informou que foram seis empréstimos, no total de R$ 55,2 milhões. Contudo, um deles era para pagar dívidas já contraídas anteriormente;

– No último depoimento que prestou ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, entretanto, o empresário afirmou que fez 11 empréstimos – sete no Banco Rural e quatro no BMG –, totalizando R$ 151,1 milhões. A CPI investiga se parte desses empréstimos foi feita para rolar débitos contraídos anteriormente.

Empréstimos bancários de Marcos Valério declarados à Procuradoria Geral da República*

* Os valores dos empréstimos não estão corrigidos monetariamente.
Fonte: CPI dos Correios / Sub-relatoria de Movimentação Financeira

– A direção nacional do PT, contudo, já avisou que não vai reconhecer esses contratos de gaveta entre Marcos Valério e o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares. O PT só vai pagar os empréstimos feitos diretamente pelo partido (veja quadro abaixo).

– O empresário Marcos Valério entrou na sexta-feira passada (19) com pedido de cobrança judicial do PT. Valério quer receber pelo menos R$ 93 milhões do partido. Cerca de R$ 92,5 milhões* referem-se à dívida atualizada dos cinco empréstimos que fez, em nome de suas empresas, e teria repassado ao PT. Na ação, o empresário sustenta que a dívida foi confessada por Delúbio Soares, em depoimento à CPI do Mensalão, um dia antes. Os advogados do empresário ainda cobram o pagamento de uma parcela, no valor de R$ 460 mil em valores atualizados, referente a um empréstimo de R$ 2,4 milhões do PT ao BMG. Valério, avalista da dívida, foi quem pagou a prestação. O PT reconhece essa dívida, que originariamente era de R$ 350 mil.

(Fonte: Assessoria de imprensa e advogados de Marcos Valério)