Terminou há alguns minutos o depoimento da publicitária e psicóloga Mara Gabrilli à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos. No depoimento, ela contou aos parlamentares da comissão que vem recebendo telefonemas "estranhos" por meio dos quais o autor das ligações procura confirmar o número da residência da depoente. Mara, no entanto, admitiu que não é vítima de ameaças anônimas.
Alfredo Galebi, marido de Mara Gabrilli e que a acompanha no depoimento, disse à CPI que "dois carros suspeitos" já foram vistos circulando dentro do condomínio em que reside o pai de Mara, em São Paulo (SP). Galebi acrescentou que uma sobrinha de Mara, de nome Roberta, também tem recebido ligações que, rastreadas pela polícia estadual, teriam origem em uma penitenciária paulista.
A publicitária e psicóloga havia confirmado há pouco que detalhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o esquema de corrupção montado na administração de Santo André (SP). Mara, que é secretária especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida na capital paulista, disse que o encontro ocorreu em março de 2003, no apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo. Segundo ela, o presidente disse que iria averigüar a denúncia mas, até hoje, não deu qualquer retorno. "Ele não deu a devida importância", afirmou. Mara chorou ao relatar as pressões que sua família estaria sofrendo. De acordo com a secretária, Lula fazia perguntas, enquanto os assessores anotavam o que ela dizia.
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