Em visita a Londres para apresentar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a políticos e investidores britânicos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil não pode nem precisa crescer a 10% por ano. "Já alcançamos um crescimento de 3%, não precisamos crescer a 10%, e nem temos condições. Só países que têm desigualdades internas mais profundas podem aspirar a essa taxa de crescimento", disse Mantega.
De acordo com o ministro, o país precisa de uma aceleração "moderada, sob controle". "Um ritmo [de crescimento] que seja mais ou menos o dobro do que o país tem tido é suficiente", observou.
O ministro também garantiu que o crescimento econômico não será afetado pela falta de energia. Conforme revelou reportagem de O Estado de S. Paulo, estudo da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda aponta o risco de o país enfrentar um novo apagão se a economia crescer mais de 4% ao ano entre 2007 e 2010, como prevê o PAC.
"O país pode crescer mais de 4% porque não vai faltar energia, na medida em que formos colocando em prática as medidas que anunciamos para o setor elétrico no PAC", disse Mantega, após palestra para investidores na sede do Banco da Inglaterra, em Londres.
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"O que foi divulgado era um mero estudo técnico, um estudo interno de uma das divisões da Seae. Não foi referendado pelo ministro", afirmou o ministro, conforme reportagem da Folha de S. Paulo.
Mantega propôs ao ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, a criação de um grupo técnico regular para discutir a implantação das parcerias público-privadas (PPPs). O ministro brasileiro também foi buscar informações sobre o modelo inglês das PPPs, considerados um dos mais bem-sucedidos em todo o mundo.
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