De volta de suas férias, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (16) que não acredita que a crise dos bancos norte-americanos irá afetar o crescimento da economia brasileira.
“A crise do mercado internacional se agravou um pouco, mas isso era esperado. Nós sabíamos que os balanços dos bancos não seriam favoráveis. E nos próximos dias vamos ter mais anúncios de perdas dos bancos, mas só quando sair os balanços de 2007 ficará configurado o tamanho do buraco”, explicou o ministro.
Ele garantiu, no entanto que “até agora” não há repercussões sobre a economia brasileira. “É claro que se houver uma recessão maior nos índices dos Estados Unidos, isso poderá ter alguma conseqüência, embora pequena, no Brasil. Mas eu continuo mantendo minha previsão para 2008 de que o Brasil terá um crescimento robusto, em torno de 5%”, afirmou Mantega.
De acordo com o ministro, a crise só será preocupante se o crescimento for negativo durante três semestres consecutivos. “Certamente haverá uma desaceleração e ela já está acontecendo, mas a pergunta é até quando haverá essa desaceleração”, disse ele.
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O ministro afirmou, ainda, que recebeu uma orientação especial do presidente Lula para que monitorasse os movimentos da economia internacional e tomasse medidas preventivas, caso necessário.
“Mas por enquanto não vejo necessidade de nenhuma medida. A economia brasileira está bem posicionada diante da crise internacional, tanto pelo lado dos fundamentos, quanto pelo lado do mercado interno, que pode compensar uma eventual perda dos produtores brasileiros e dos exportadores brasileiros”, garantiu Mantega.
A crise do sistema financeiro norte-americano foi destacada ontem (15) após o anúncio do prejuízo de R$ 9,8 bilhões que o Citibank, maior banco em ativos dos Estados Unidos, teve no último trimestre de 2007. (Soraia Costa)
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