Edson Sardinha
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje que poupanças com valores acima de R$ 50 mil serão taxadas, a partir do ano que vem, em 22,5%. A taxação incidirá sobre o montante que exceder esse valor, e não sobre o rendimento total da aplicação, no momento do saque.
Em maio, o governo chegou a divulgar que a alíquota iria variar conforme o rendimento anual do contribuinte. O índice seria definido, a partir da tabela do imposto de renda, segundo a soma de todos os rendimentos tributáveis da pessoa. “A esmagadora maioria tem menos de R$ 50 mil aplicado. Só a diferença acima desse valor será taxada”, explicou.
Mantega declarou ainda que o governo desistiu de reduzir a tributação sobre os fundos de renda fixa em 2009. As medidas foram anunciadas após reunião extraordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico (CDES), no Palácio do Itamaraty.
“Mantemos a nossa proposta de a partir do ano que vem fazermos uma taxação de imposto de renda sobre as grandes poupanças. Não tivemos pressa porque só vai entrar e vigor no ano que vem. No próximo ano vamos colocar o imposto de renda para as poupanças acima de R$ 50 mil. A alíquota será de 22,5%”, disse o ministro.
Segundo ele, o projeto sobre tributação das poupanças será enviado ainda esta semana ao Congresso. “A questão da poupança foi discutida há algum tempo. Aquilo que eu anunciei será aplicado. Mantivemos nossa proposta de fazer taxação de imposto de renda em grandes aplicações em poupança. Não tivemos pressa porque só entra em vigor ano que vem”, afirmou Mantega.
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