Durante o processo de discussão das duas medidas provisórias [MPs 664 e 665] que mudam as regras de concessão do seguro-desemprego e dificultam o acesso à pensão por morte, que devem ser votadas nesta quarta-feira pela Câmara, dezenas de militantes da “Força Sindical” e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) foram expulsos da galeria da Casa e protestaram gritando “fora PT”.
A retirada dos manifestantes foi determinada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após eles jogarem reproduções de notas de 100 dólares, mas com as imagens da presidente Dilma Rousseff (PT), do ex-presidente Lula e do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso durante as investigações da Operação Lava Jato.
Em coro, ao serem retirados, os manifestantes também gritaram “oh deputado, presta atenção, esse PT está roubando a nação” e também “oh deputado, presta atenção, esse PT quer pagar o petrolão”, em referência aos desvios de recursos da Petrobras.
A MP 665 trata de novas regras de acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro defeso. A MP 664 estabelece novas regras para acesso ao auxílio doença e à pensão por morte. O PT votará a favor do ajuste fiscal. O PMDB já indicou que pode seguir o mesmo caminho, mas não deu certezas de que votará a favor do ajuste fiscal.
Durante toda a tarde, parlamentares apresentaram requerimentos para tentar tirar a matéria de pauta, mas não conseguiram. O DEM pediu mais tempo para se discutir a proposta. “O PT não quer sangrar, não quer se expor diante do Brasil. Esta noite vai ser igual à medida provisória dos portos [quando a discussão foi prolongada madrugada adentro]”, disse o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).
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