O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, disse hoje (28) durante debate na Câmara, que “generosamente” o Brasil reserva 13% de seu território para terras indígenas, mas paga caro por essa política.
“O Brasil reserva 13% por cento de seu território para os indígenas, mas a verdade dura é que essa generosidade coexiste com uma perversidade. Ao exercitarmos essa generosidade, negamos aos indígenas o direito de trabalhar. Por isso, muitos estão afundando no alcoolismo. Terra não basta, é preciso ter instrumento para trabalhar”, defendeu.
O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, reclamou que seu estado foi o único que o presidente Lula ainda não visitou neste segundo mandato. “Infelizmente, Roraima é o único estado que não teve a visita do presidente Lula. Não tenho comentários a fazer”, disse. O governador voltou a criticar a organização não-governamental Conselho Indígena de Roraima. “É uma instituição comprometida com interesses escusos”, declarou.
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O ministro e o governador foram convocados pelas comissões de Relações Exteriores e da Amazônia para debater os conflitos na reserva indígena Raposa Serra do Sol. A reserva, homologada por decreto presidencial em 2005, é contestada em ação civil pública no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo governo de Roraima, que defende a demarcação em ilhas e não terras contínuas. (Tatiana Damasceno)
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