O Estado de S. Paulo
GM entrega hoje pedido de concordata
A montadora General Motors, um dos principais símbolos do capitalismo americano, vai entrar com pedido de concordata na manhã hoje em um tribunal de Nova York. No fim de semana, um grupo de credores concordou em trocar parte das dívidas da montadora por uma maior participação acionária na empresa reestruturada, assim eliminando um dos principais obstáculos para uma concordata mais organizada. O presidente Barack Obama vai anunciar o pedido de concordata em pronunciamento na Casa Branca, que será seguido de uma entrevista concedida pelo atual presidente da GM, Fritz Henderson, de Nova York. A GM deve nomear um “presidente de reestruturação”, o executivo Al Koch. Especialista em “salvar empresas”, ele tirou o Kmart da concordata, concretizando a fusão do varejista com a Sears. “Esperamos um processo de concordata similar ao da Chrysler, embora não tão rápido, porque a GM é uma empresa muito mais complexa”, disse ontem um alto funcionário da Casa Branca. O mesmo funcionário informou que a GM vai fechar 11 fábricas e deixar três ociosas e que deve sair da concordata em 60 a 90 dias.
Maior acionista, governo dos EUA quer se livrar logo de ativos da GM
Apesar de ser acionista majoritário da nova GM, o governo americano não vai interferir no dia a dia das operações e vai se livrar de sua participação “o mais rápido possível”. Segundo um funcionário da Casa Branca ligado ao processo, foram estabelecidos critérios para a gestão da Casa Branca nas empresas que o governo americano agora possui, como Chrysler, AIG e, em breve, a GM. “Nós não vamos interferir no dia a dia das operações”, disse a fonte da Casa Branca. “O governo é um acionista relutante, queremos sair o mais rápido possível.” O governo calcula que serão entre seis e 18 meses até que as ações da empresa voltem a ser negociadas em bolsa. A atuação estatal na administração da companhia preocupa muitos analistas.
Congresso retoma discussão sobre jogos
O lobby em favor da legalização do jogo, sumido do Congresso depois do escândalo do mensalão (2004-2005) e das operações da Polícia Federal reprimindo os bingos, está de volta e mais fortalecido. O motivo do ressurgimento tem origem no Palácio do Planalto. Ao contrário da recomendação predominante até agora, de não levar o assunto adiante, o governo deu sinal verde para que parlamentares retomem o debate. Com esse aval, o primeiro passo será a discussão e a votação na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara da proposta de legalização de bingos e cassinos no País. A principal resistência à legalização, que vinha do Ministério da Fazenda, temeroso de que a atividade ampliasse os crimes de lavagem de dinheiro e sonegação, diminuiu diante da proposta consolidada pelo deputado João Dado (PDT-SP). O que mais agradou ao governo foi o fato de a proposta aceitar a notificação online dos prêmios e do imposto a pagar – o recolhimento do tributo será, no máximo, no primeiro dia útil seguinte ao jogo.
Com baixa produção, Assembleias se unem para ganhar mais poder
As Assembleias Legislativas do País estão organizando uma ofensiva no Congresso em busca de mais poder para os Estados. Elas querem mudanças na Constituição para permitir que deputados estaduais e governadores legislem sobre temas que hoje são de competência exclusiva da esfera federal. O movimento é encabeçado por duas entidades – o Colegiado dos Presidentes das Assembleias Legislativas e a União Nacional das Assembleias Legislativas (Unale). A expectativa é de que seja enviada no início do segundo semestre ao Congresso uma proposta de emenda constitucional que estende aos Estados o poder de formular leis sobre trânsito e transporte, direito agrário, diretrizes e bases da educação, propaganda comercial, licitação e matéria processual. Hoje esses temas somente podem ser tratados por iniciativas do governo federal ou do Congresso.
Deputado brasileiro tem mais benefícios
Quase toda vez que se produz algum tipo de comparação entre salários e vantagens auferidas pelos deputados brasileiros e seus colegas do exterior, chega-se à conclusão de que os nossos são mais bem aquinhoados. A regra foi confirmada nos últimos dias, com a eclosão do escândalo britânico sobre o uso indevido de verbas públicas pelos membros da Câmara dos Comuns. Ele coincidiu com as revelações daqui sobre a farra das passagens aéreas e o uso, também indevido, da chamada verba indenizatória, e permitiu novas comparações sobre a vida parlamentar. Observando as revelações de lá e daqui, constata-se que os deputados brasileiros são triplamente beneficiados na comparação com os britânicos. A primeira vantagem está ancorada nos salários e benefícios, mais polpudos em Brasília do que em Londres. A segunda aparece no custo de vida, bem menor por aqui. A terceira, a mais evidente, é a vantagem política. Nos momentos de crise, os brasileiros apanham muito menos.
”Deputados jamais aprovarão reforma política”
Fracassou, na semana passada, mais uma tentativa da Câmara de fazer uma reforma política. Os pequenos partidos da base governista decidiram rejeitar o projeto elaborado pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS). Pressionados pelos sócios menores, PT e PMDB recuaram, jogando a discussão para um Congresso Revisor, previsto para 2011. Esta foi pelo menos a décima vez, desde a redemocratização, que se tentou fazer uma reforma no sistema político. Como as demais, a ideia naufragou. Para o cientista político Rogério Schmitt, do Centro de Liderança Política (CLP), a proposta, como as anteriores, tinha um vício original insanável: não levava em consideração o instinto de sobrevivência dos parlamentares, que jamais aprovariam algo que deixasse dúvidas de sua eleição no pleito seguinte.
Câmara quer explicação de Minc para multa
A Comissão de Agricultura da Câmara quer convocar o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para prestar esclarecimentos sobre a demora de nove meses na cobrança de uma multa de R$ 3 milhões lavrada contra o Grupo Bertin, frigorífico que “salvou” a Operação Boi Pirata de um desfecho constrangedor. Em agosto de 2008, um mês depois de a multa ter sido aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o frigorífico arrematou em leilão 3.100 bois apreendidos na operação. Duas tentativas de venda já haviam sido feitas, mas tiveram de ser suspensas por falta de comprador. Como mostrou o Estado ontem, a multa contra o frigorífico, um dos maiores do País, só saiu da gaveta em abril passado, quando a história começou a circular por gabinetes de Brasília. “Se o ministro sabia ou não, não importa. Se houve demora na cobrança dessa multa, a responsabilidade é dele e ele terá de responder por isso”, afirmou o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), da comissão.
Pioneira no sistema de cotas preenche só 28% das vagas
Houve uma redução da procura dos estudantes negros pelo vestibular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a primeira do País a ter cota racial. No último concurso, apenas 28% das vagas para negros, indígenas, portadores de deficiência e egressos da escola pública foram preenchidas. Segundo o reitor Ricardo Vieiralves, houve 900 candidatos negros, ante 3 mil em 2003. Essa redução também foi percebida na Universidade Estadual do Norte Fluminense, em que apenas 16% das vagas são ocupadas por cotistas. A lei fluminense reserva 45% das cadeiras para negros, indígenas, egressos da escola pública e deficientes físicos, desde que comprovem ter baixa renda, além de filhos de policiais e bombeiros mortos em serviço.
Oposição mira Petrobrás na CPI das ONGs
Em represália à decisão do governo de ficar com a presidência e a relatoria da CPI da Petrobrás, que será instalada amanhã, os partidos de oposição não vão abrir mão de manter os dois postos de comando da comissão parlamentar de inquérito que apura irregularidades nas organizações não-governamentais (ONGs). Esta foi a saída encontrada pela oposição para tentar driblar a blindagem feita pelo governo na CPI da Petrobrás e avançar nas investigações de contratos entre a estatal do petróleo e ONGs. O senador João Pedro (PT-AM) era ontem o mais cotado para assumir a presidência da CPI da Petrobrás. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), deve ser escolhido relator. “Não tem acordo nenhum com o governo. Se eles podem ficar com o comando da CPI da Petrobrás, nós podemos ficar com a relatoria e a presidência da CPI das ONGs”, afirmou o líder do DEM, senador José Agripino (RN).
154 são libertados em carvoaria de Minas
Uma operação da Polícia Federal, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho libertou 154 operários em situação de trabalho escravo numa carvoaria em Várzea da Palma, em Minas Gerais. Eles trabalhavam para a Rotavi, fabricante de ferro e ligas à base de silício. A operação foi montada a partir de uma denúncia. Quando chegaram ao local, os policiais constataram a situação degradante dos trabalhadores. Segundo o Ministério Público, eles estavam em dois alojamentos em péssimas condições e não usavam nenhum equipamento de proteção individual. Representantes da Rotavi não foram localizados.
Folha de S. Paulo
GM espera concordata rápida nos EUA
Após 101 anos no mercado, a General Motors, que já foi a maior montadora de veículos do mundo, deve entrar hoje com pedido de concordata na Justiça americana a partir de uma corte de Nova York.
No final de semana, a maioria dos credores de uma dívida de US$ 27,2 bilhões fechou um acordo para trocar os débitos por até 25% da nova GM, empresa saudável que deve despontar a partir da concordata.
Com isso, dois dos maiores ícones do capitalismo de mercado dos EUA, a GM e o banco Citigroup, emergem da crise como empresas em que o Estado detém a maioria das ações.
Recuperação nos EUA deve ter impacto na GM Brasil
Embora a GM do Brasil adote o discurso de que a crise da matriz não impacta a subsidiária brasileira, analistas consultados pela Folha veem alguns canais de contágio para a montadora no país.
O desenho da concordata irá definir se a GM do Brasil será tragada pelo processo ou se ficará à parte da recuperação judicial, diz Luiz Carlos Mello, coordenador do CEA (Centro de Estudos Automotivos) e ex-presidente da Ford no Brasil. “Trata-se de uma decisão jurídica. Isso vai determinar como fica a subsidiária. As operações podem ou não ser tratadas de forma diferenciada, a decisão é prerrogativa da matriz”, afirmou Mello.
Alckmin amplia vantagem na corrida pelo governo de SP
Quatro meses após ter assumido um cargo de primeiro escalão no governo de José Serra (PSDB) em São Paulo, Geraldo Alckmin ampliou ainda mais sua dianteira na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. O ex-governador tucano obtém de 47% a 50% das intenções de voto, revela pesquisa Datafolha realizada entre os dias 26 e 28 de maio. O melhor segundo colocado nos cenários em que Alckmin é apresentado ao eleitor, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT),chega a15%. Sem Alckmin na disputa, Marta Suplicy se isola na liderança e alcança 25%, seguida por Paulo Maluf (PP), com 15%. Em março deste ano, quando o Datafolha realizou o primeiro levantamento para a sucessão ao governo do Estado, o atual secretário de Desenvolvimento de Serra variava de 41% a 46% das intenções de voto, e a petista atingia 13% no principal cenário (os dois apresentados ao eleitor) -portanto, a diferença entre eles era de 28 pontos percentuais e agora está em 32.
Rivais enfrentam situações opostas em seus partidos
Os dois candidatos mais bem colocados no Datafolha vivemhoje situações opostas em seus partidos. No PSDB, Geraldo Alckmin, líder nas pesquisas, quer ser candidato e está em ritmo de pré-campanha, mas ainda não conta como apoio dos grupos ligados ao governador José Serra e ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Em contrapartida, Marta Suplicy, o nome mais bem colocado do PT na pesquisa e que conta com apoio interno, já avisou ao partido que não pretende concorrer.
Aprovação dos paulistas a Serra atinge 56%
Com dois anos e cinco meses à frente do Palácio dos Bandeirantes, o governador José Serra (PSDB) é aprovado por 56% dos paulistas, revela a mais recente pesquisa Datafolha. A taxa dos que consideram a gestão do tucano ótima ou boa oscilou positivamente três pontos percentuais desde março (data do levantamento anterior), quando era de 53%. O índice dos que avaliam como regular o atual governo permaneceu estabilizado em 33% e dos que reprovam a gestão oscilou negativamente dois pontos – 11% para 9%. Em uma escala de zero a dez, Serra alcança entre os entrevistados pelo instituto a nota média 6,7, praticamente a mesma auferida em março, 6,6. O Datafolha ouviu 2.058 moradores do Estado com16 anos ou mais entre os dias 26 e 28 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Segurança pública tem a pior avaliação
O pior desempenho da gestão tucana à frente do Estado de São Paulo, segundo os entrevistados pelo Datafolha, ocorre na segurança, área na qual 43% desaprovam a atuação do governo, 32% a consideram regular e 23% avaliam ser ela ótima/boa. Nos três primeiros meses deste ano, os dados relativos à segurança foram desfavoráveis a José Serra. Segundo o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, é provável que a pesquisa tenha captado esse momento ruim do setor. Pelo menos 63.729 casos de roubo foram registrados no período e 94 pessoas foram assassinadas durante assaltos. O número de homicídios no Estado, que seguia uma tendência histórica de redução (em novembro de 2008 a queda era de 71,5% em relação a 1999; 10,3 para cada cem mil habitantes), voltou a crescer no primeiro trimestre.
Governo usa nova reserva de gás contra CPI
Para tentar minar a CPI no Senado e criar uma agenda positiva pró-Petrobras, o governo prepara o anúncio da descoberta de duas grandes reservas no país. Segundo apurou a Folha, são uma reserva de gás e óleo no Acre e outra de gás no noroeste de Minas Gerais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na semana passada a confirmação da Petrobras. Desde então, a cúpula do governo prepara o anúncio a fim de que coincida com a divulgação das propostas de novas regras de exploração de petróleo na camada pré-sal e com o início dos trabalhos da CPI da Petrobras no Senado.
Ritmo de trabalho interno de Dilma é reduzido
Para priorizar a estratégia de manter quase inalterada a agenda pública, fundamental para uma potencial candidata à Presidência, a agenda interna da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) já sofreu redução. Por ordem direta do presidente Lula, o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral) assumiu afazeres da Casa Civil. A redução do trabalho de Dilma e o provável afastamento em 2010 para concorrer ao Palácio devem afetar o destino de dois auxiliares importantes da cúpula do governo.
“TV pública é contraponto à caloria vazia da TV comercial”
Os Estados Unidos têm 356 estações de TV pública. Em relação ao Brasil, que conta com 199 emissoras educativas com concessão outorgada pelo governo, o número não chega a ser surpreendente. Mas a distância não está na quantidade de emissoras. As TVs brasileiras que se autodenominam públicas tiveram orçamento de cerca de R$ 500 milhões em 2008. As dos EUA receberam US$ 2 bilhões (R$ 4 bilhões). Aqui, elas dependem basicamente de recursos do governo. Lá, mais da metade da verba vem de doações. A presidente da American Public TV, Cynthia Fenneman, esteve no Brasil, na semana passada, para participar do 2º Fórum Nacional de TVs Públicas. A APT é a segunda maior distribuidora de conteúdo para as TVs públicas -a primeira é a Public Broadcasting Service. Executiva com 33 anos de experiência em TV e com 12 prêmios Emmy (o Oscar da televisão americana) no currículo, ela julga a TV pública uma contraposição necessária às “calorias vazias” das TVs comerciais.
Correio Braziliense
Jeitinho de manter o salário
Perder a disputa pela reeleição na Câmara não significa ficar longe da folha de pagamento do Congresso. Ex-deputados que amargaram a derrota nas urnas nas últimas votações são colocados em cargos de confiança das lideranças partidárias com os maiores salários disponíveis. Como se não bastasse, alguns conseguem até a liberação do trabalho. É o caso de Almir Sá, que foi deputado por Roraima de 1999 a 2002 e, em 2003, assumiu como suplente. Filiado ao PR, Sá recebeu o apoio da legenda que até o ano passado tinha seu conterrâneo Luciano Castro como líder. O ex-parlamentar é bem conhecido pelos funcionários da liderança, mas nenhum o viu trabalhando. O atual líder da legenda, Sandro Mabel (GO), justifica a ausência do servidor com o antigo argumento de realização de “trabalhos externos”. “Não dá para colocar uma pessoa do nível do ex-deputado sentado no gabinete. Ele fica fora, fazendo articulações para nós junto a ministérios e outras coisas”, disse.
Líderes governistas desafinados
Os dois principais partidos da base do governo, PMDB e PT, às vésperas da instalação da CPI da Petrobras, prevista para amanhã, continuam se digladiando sobre a condução dos trabalhos da comissão de inquérito. O senador Paulo Duque (PMDB-RJ), por ser o mais velho integrante da mesma, aos 82 anos, presidirá a instalação. O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), foi percorrer as bases eleitorais no interior alagoano, onde prepara sua candidatura ao governo estadual. Mercadante, preocupado com a saúde do filho, só retomará as articulações na terça-feira. Foi isolado por Renan e corre atrás da relatoria da CPI das ONGs, ocupada pela oposição depois que indicou seu antigo relator, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), para a CPI da Petrobras, situação que tenta reverter.
Dilma mantém agenda lotada e acelerada
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, depois de um intenso fim de semana no interior do Nordeste, retomará suas atividades administrativas esta semana. Viaja hoje para São Paulo e anuncia, na quarta-feira, um balanço otimista da execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dilma esteve no sábado na festa de são-joão, em Caruaru (PE), onde dançou forró, comeu comidas típicas, distribuiu abraços, posou para fotos, mas negou ser pré-candidata à Presidência da República. “Nem amarrada”, repetiu a ministra. Com agenda em Recife, ela teve que adiar sua participação em um ato religioso na tarde de ontem, em Brasília. Porém, enviou carta se desculpando pela ausência e pediu orações. A agenda de ministra será retomada hoje por Dilma, que participa pela manhã de um encontro internacional de etanol, em São Paulo. Depois retorna a Brasília, onde despachará no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Na pauta, uma reunião com assessores para fechar o quarto balanço do PAC.
Dinheiro guardado no colchão
Embora o sistema bancário brasileiro seja considerado um dos mais seguros do planeta, a ponto de não balançar no recente terremoto financeiro mundial, um terço dos distritais tem o hábito de manter dinheiro vivo guardado em algum lugar escondido. Levantamento feito pelo Correio mostra que 10 parlamentares entre os 29 que apresentaram neste ano declaração de Imposto de Renda à Câmara Legislativa dispensam a corrente corrente ou alguma aplicação e gostam de ter à mão altas quantias. As reservas em cash variam de R$ 10 mil a R$ 250 mil, o que chega a ser um risco à própria segurança dos deputados. Um dos parlamentares mantém todo o patrimônio declarado em cédulas guardadas. Eles garantem que o dinheiro fica muito bem resguardado. Não fica guardado em maletas no armário, justamente para evitar qualquer problema.
O Globo
Copa no Brasil vai movimentar R$ 155,7 bi
A Copa do Mundo vai injetar na economia brasileira pelo menos R$ 155,7 bilhões e gerar 18 milhões de empregos até a partida final, em 2014. Os dados fazem parte de um estudo, feito pela Fundação Getúlio Vargas, sobre os impactos socioeconômicos do maior evento esportivo no Brasil. Ontem, nas Bahamas, a Fifa anunciou as 12 cidades-sede, as mesmas que Ancelmo Gois antecipara em seu blog, e houve festa em todas elas. Após a divulgação, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, criticou o projeto do estádio Morumbi, que precisará ser reformulado, como conta o enviado especial Jorge Luiz Rodrigues.
Barragem recebia remendos há 1 ano
Há um ano a Barragem de Algodões I, que rompeu no Piauí e matou pelo menos 11 pessoas, era considerada área de risco. Fissuras na obra eram controladas com injeções de cimento, segundo a Emgerpi, órgão do governo do Piauí encarregado da gestão de recursos hídricos. O Ministério Público abriu inquérito para apurar as causas do rompimento. Agentes da Polícia Federal vão fazer uma perícia no local.
Greenpeace: governo financia desmatamento
Um relatório do Greenpeace acusa o governo brasileiro de, indiretamente, financiar o desmatamento na Amazônia. De acordo com a ONG, de 2007 a 2009, o BNDES liberou créditos de US$ 2,65 bilhões para pecuaristas, que seriam responsáveis por 80% da devastação da floresta, ajudando a alimentar uma cadeia de indústrias que impulsionam a destruição. O BNDES informou seguir a lei ambiental.
Concordata da GM deve ser anunciada hoje
A obtenção ontem da aprovação de 54% dos credores para a troca da dívida de US$ 27 bilhões por ações não deve impedir que a GM anuncie hoje o pedido de concordata, o maior já feito por uma indústria. A montadora teria vendido a marca Hummer.
Jornal do Brasil
País encara desafio de R$ 5,7 bi
Cuiabá e Manaus são as surpresas na lista das 12 cidades anunciadas como sedes da Copa de 2014. O anúncio feito pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, marca o início do desafio de preparar estádios e cidades. A projeção inicial de investimentos é de R$ 5,7 bilhões, que virão dos governos federal, municipais e estaduais e da iniciativa privada. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, foi consultado na decisão dos cortes. As outras 10 sedes são Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal.
GM fecha acordo e vai a concordata
A GM americana conseguiu convencer um grupo de credores a transformar parte da dívida de US$ 27 bilhões em ações de uma nova companhia. Com isso, a concordata será anunciada hoje.
Engenheiro nega erro em represa
O engenheiro Luiz Hernani de Carvalho, autor do parecer técnico no qual atestava que a Barragem Algodões 1 (PI), que estourou, não iria se romper, diz ser acusado “injustamente”. Segundo ele, embora negasse o risco, não liberou o retorno dos moradores à área.
Estado luta para adiar lei de cotas
Se o recurso contra a liminar que suspendeu a lei de cotas nas universidades estaduais for rejeitado hoje, o Estado pedirá à Justiça o adiamento da suspensão para 2010. Há risco de anulação do vestibular 2009 – um prejuízo de R$ 750 mil – e de processos de estudantes.
Deixe um comentário