Folha de S. Paulo
Taxa de aprovação a Lula bate novo recorde e alcança 70%
A avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a bater novo recorde e agora 70% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom. Nenhum presidente no Brasil desde a redemocratização atingiu esse patamar. O recorde anterior já pertencia ao próprio Lula: 64% o avaliavam positivamente em setembro. Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 25 e 28 de novembro mostra que o presidente conta com a avaliação positiva da maioria da população em todos os segmentos socioeconômicos e regiões do país. Isso já ocorria no levantamento de setembro, mas agora Lula teve reforçado o apoio sobretudo entre os mais jovens (mais nove pontos), os mais escolarizados (mais nove) e no Sudeste (também mais nove pontos).
Em termos regionais, o Nordeste segue como principal área de apoio a Lula: 81% o avaliam como ótimo ou bom. São nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, que concentram alguns dos Estados mais pobres do país, que Lula tem as avaliações positivas mais altas tanto do ponto de vista econômico como social.
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País vai melhorar em 2009, diz brasileiro
Apesar da gravidade da crise mundial e do prenúncio de seus reflexos no país, o brasileiro está otimista quanto a 2009, revela o Datafolha. Segundo pesquisa realizada entre os dias 25 e 28 de novembro, 78% declaram que sua vida vai melhorar, enquanto apenas 3% afirmam que vai piorar, no ano que vem. Para 14%, a vida pessoal permanecerá como está. A aposta em um ano novo melhor em comparação a 2008 chega a 82% nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Essa expectativa é de 75% na região Sul e de 74% no Sudeste.
42% acham que crise no Brasil é só "marolinha"
Sem ser informados sobre o autor da frase, 42% dos brasileiros concordaram, total ou parcialmente, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Lá fora, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha". Confrontados com a declaração -que foi alvo de críticas- 17% dos entrevistados disseram concordar totalmente com ela, enquanto 25% disseram que concordam em parte. Já 39% discordam. Segundo o Datafolha, 22% dos entrevistados manifestaram total discordância e 17% afirmaram discordar em parte da avaliação do presidente. Nove por cento disseram que não concordam nem discordam e 11% não souberam responder.
Saúde é o principal problema do país para 25% da população
A saúde continua sendo considerada o principal problema do país e como área de pior desempenho do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um quarto (25%) dos brasileiros afirmam espontaneamente que esse é o principal problema nacional, revela pesquisa Datafolha realizada entre os dias 25 e 28 de novembro. Em segundo lugar é o desemprego que aparece como fonte de aflição entre os brasileiros, mas o percentual entre eles caiu de 20% em setembro para 18% agora. O terceiro maior problema apontado pelos entrevistados é a segurança, com 16% (era 17% em setembro).
Gasto de eleitos nas capitais cresce 70%
Está ficando mais caro vencer eleição no Brasil. O valor total gasto pelos candidatos que se elegeram em outubro para as prefeituras das capitais cresceu 70% em relação a 2004. Ao todo, em 2008, as campanhas vitoriosas nas 26 capitais brasileiras gastaram R$ 115,8 milhões. Em 2004, foram R$ 67,8 milhões, valor já corrigido pela inflação registrada no período pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo). Os dados são das prestações de contas de campanha, divulgadas ontem pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A arrecadação das campanhas acompanhou o aumento nos gastos dos candidatos e cresceu 71,4% em comparação com quatro anos atrás. As eleições deste ano foram marcadas pelo alto índice de reeleição.
STF nega pedido de nova eleição para governo
O STF (Supremo Tribunal Federal) negou ontem ação do PSDB que pedia novas eleições para o governo da Paraíba. No último dia 20, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) manteve a cassação do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e de seu vice, José Lacerda (DEM), e decidiu que o segundo colocado no pleito de 2006, senador José Maranhão (PMDB), assumisse. Cunha Lima fica no cargo até apreciação de recursos.
Deputado defende CPI sobre fusão BrT-Oi
O deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) defendeu ontem a abertura de uma CPI para investigar a compra da Brasil Telecom pela Oi. Segundo o peemedebista, a lei de outorga foi modificada "para atender a um interesse comercial". "Não tenho a menor dúvida de que houve tráfico de influência. Acho que seria fundamental que o Congresso Nacional apurasse essa fusão", disse. O negócio -estimado em R$ 12,3 bilhões- só depende de autorização formal da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que deve ser votada até o dia 15. Em 20 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto do novo PGO (Plano Geral de Outorgas), que deu base legal para a criação da "supertele".
Procuradoria é contra pedido de prisão de Dantas
O Ministério Público Federal em São Paulo se manifestou contra o terceiro pedido de prisão do banqueiro Daniel Dantas formulado pela Polícia Federal. Para a Procuradoria, o delegado Ricardo Saadi, que preside o inquérito contra o banqueiro, não reuniu fatos novos que justificassem a medida. O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, ainda analisará a demanda. Não há prazo para sua manifestação. O pedido está relacionado ao inquérito da Operação Satiagraha, em que Dantas é investigado por supostos crimes financeiros.
Stephanes e Minc trocam acusações sobre desmatamento
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu ontem sua proposta para alterar o Código Florestal, disse que nunca foi favorável ao desmatamento ilegal e chamou o Ministério do Meio Ambiente de "incompetente" no combate à destruição da floresta. A proposta, apresentada na terça-feira, inclui uma anistia para quem desmatou as áreas de preservação permanente (APPs) e plantou nesses locais até 31 de julho de 2007. APPs são topos de morro, margens de rios e encostas -áreas que não podem ser ocupadas e precisam ser recuperadas.
O Estado de S. Paulo
Concessões de relator ajudaram a adiar reforma
As concessões realizadas pelo relator da reforma tributária, Sandro Mabel (PL-GO), para tentar ampliar o apoio às mudanças constitucionais contribuíram para atolar a perspectiva de aprovação da emenda constitucional. Os benefícios acomodados no relatório produziram um efeito contrário ao esperado, com o acirramento de conflitos entre os setores beneficiados. Empresários, governadores e prefeitos se digladiaram nos bastidores por causa das alterações realizadas (ou prometidas) no texto para atender a um setor, que acabam gerando a ira dos outros. Resultado: contra a vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a própria base aliada paralisou a análise da reforma, prometendo retomar as negociações em março de 2009.
Câmara reage com frieza à absolvição de Paulinho
No dia seguinte à absolvição do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, pelo Conselho de Ética da Câmara, o corporativismo falou mais alto e os deputados evitaram criticar a decisão. A maioria deu o caso por encerrado. O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), transferiu a responsabilidade pela não cassação do mandato de Paulinho para o Conselho de Ética. "Foi o Conselho de Ética que o julgou. Os que estão lá foram indicados por seus líderes. Se um líder indica mal alguém para uma função, esse líder tem responsabilidade por isso", disse Chinaglia.
Sentença de Dantas é ”sinalização para sociedade”, diz PF
O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Luiz Fernando Corrêa, avaliou ontem que a condenação imposta ao banqueiro Daniel Dantas por crime de corrupção ativa "é uma sinalização para a sociedade, uma mensagem". Ele reiterou que a meta da PF é aperfeiçoar a repressão ao crime organizado e afirmou que ela está empenhada em fechar o cerco a personagens que "até bem pouco tempo atrás se achavam inalcançáveis". O controlador do Grupo Opportunity foi condenado a 10 anos de prisão e multa de R$ 13, 4 milhões na ação penal em que é acusado de tentar subornar delegados da PF em troca do engavetamento do inquérito Satiagraha.
MP entrega pequenas áreas da AM a posseiros
Para facilitar a regularização fundiária das propriedades rurais da Amazônia Legal, o governo federal pretende doar para os posseiros as áreas de até 100 hectares e simplificar a retomada, pela União, de fazendas acima de 2,5 mil hectares que tenham sido griladas. A medida, prioridade do Plano Amazônia Sustentável (PAS) – o projeto para reduzir o desmatamento e, ao mesmo tempo, desenvolver a região -, vai mudar as Leis 6.383/76 (Lei das Terras Devolutas) e 8.666/93 (Lei das Licitações). As alterações terão de ser aprovadas pelo Congresso. De acordo com o PAS, as propriedades de 101 a 400 hectares serão vendidas aos posseiros por preços simbólicos; as de 401 a 1,5 mil hectares serão vendidas a preço de mercado, com dispensa de licitação; as acima de 1,5 mil a 2,5 mil hectares terão de passar por licitação.
Correio Braziliense
Torneira aberta e sem controle
Surtiu efeito a pressão de prefeitos, parlamentares e até ministros contra o chamado Siconv, o novo sistema implantado pelo governo para liberar e monitorar a transferência de recursos da União a estados, municípios e organizações não-governamentais (ONGs) por meio de convênios e contratos de repasse. Sentindo-se acuado pelo lobby, o Palácio do Planalto decidiu que condicionará o desembolso de verbas federais ao cumprimento das regras previstas no Siconv só a partir do próximo ano. A decisão será publicada hoje na forma de uma instrução normativa assinada pelos ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Guido Mantega (Fazenda) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União).
PF insiste em investigações
Apesar de concluída a investigação em desvios de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Polícia Federal pretende abrir novas frentes de apuração. Desta vez, os alvos serão órgãos públicos citados durante as escutas telefônicas realizadas pela PF, que prendeu 10 suspeitos de envolvimento nas fraudes na Operação Santa Tereza, desencadeada em abril passado. Elza de Fátima Costa Pereira, mulher do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, foi indiciada por lavagem de dinheiro. Ela teria usado uma organização não-governamental para desviar dinheiro do banco estatal.
Gilmar Mendes confirma representação na PGR
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) enviou ontem à noite representação na qual pede ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que seja investigada a suposta relação entre o coronel da reserva do Exército Sérgio de Souza Cirillo, ex-assessor da segurança da Corte, e o banqueiro Daniel Dantas. Os termos do documento devem ser divulgados hoje.
Produção bilionária para convencer eleitores
O custo das eleições municipais de outubro superou a marca dos R$ 2 bilhões. Segundo dados divulgados ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), candidatos a prefeito ou vereador — vitoriosos ou não — gastaram R$ 2,1 bilhões na atribulada corrida eleitoral. Em busca de uma vaga em prefeituras e Câmaras municipais espalhadas pelos mais de 5 mil municípios do país, os políticos desembolsaram R$ 16,62 por eleitor. O eleitorado brasileiro é composto por 128,7 milhões de pessoas. Na bilionária caça aos votos, os candidatos conseguiram arrecadar este ano a cifra de R$ 2,8 bilhões para gastarem em suas campanhas eleitorais. A análise das informações enviadas ao TSE revela números também expressivos nas capitais brasileiras. Os prefeitos eleitos em 25 das 26 capitais informaram, ao todo, terem conseguido reunir a quantia de R$ 113,1 milhões, além de uma sobra de R$ 95 milhões.
Militar acusado de ser torturador
O presidente da Comissão Especial da Lei de Anistia, deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), vai pedir ao Ministério Público federal que processe por prática de tortura e assassinato o tenente da reserva José Vargas Jiménez, que admitiu ter cortado cabeças e mãos de três guerrilheiros do Araguaia durante as operações de combate do Exército na área. A confissão do militar reformado foi feita durante depoimento na comissão, na última quarta-feira, na Câmara dos Deputados. “Eu estive na guerrilha e uma guerra é assim”, justificou Jimenez, que era segundo-sargento do Exército por ocasião dos combates com os guerrilheiros ligados ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ao se justificar perante os deputados, Jiménez disse que não considerava a tortura como um crime hediondo quando estava no Araguaia. “Hoje em dia, que eu tenho estudo, sou bacharel em direito, sou politizado, eu vejo que realmente nós fizemos muito mais, mas é hipocrisia dizer que não tem que ser feito, porque senão ninguém conta”, observou. O ex-militar lançou um livro recentemente sobre a guerrilha do Araguaia e considera “revanchismo” as críticas à Lei de Anistia e às Forças Armadas.
O Globo
Dólar sobe 42% na crise e já ultrapassa R$ 2,50
O dólar subiu ontem pelo sexto dia seguido em relação ao real e atingiu R$ 2,536, a maior cotação desde abril de 2005. Desde o dia 15 de setembro, quando a crise mundial se agravou com a quebra do Lehman Brothers, a moeda americana já acumula avanço de 42,4%. Para analistas, a alta de 2,46% de ontem foi influenciada pelo aumento da procura de empresas que remetem dólares a suas matrizes no exterior. Culpam também a ação de especuladores no mercado futuro de câmbio. O BC não atuou no mercado à vista, mas fez leilão de US$ 314,6 milhões em contratos de swap cambial (para deter a alta da moeda). A Bolsa de São Paulo caiu 0,48%, enquanto a de Nova York recuou 2,51%.
Planalto censura fala chula de Lula
A uma platéia de artis¬tas no Rio, Lula comparou a crise a diarréia e usou expressão de baixo calão, depois suprimida do discurso, no site da Presidência. Para ele, um médico deve dizer que vai recuperar o doente assim como um ‘presidente precisa assegurar que a crise tem saída. "Ou você diria ao paciente:’Meu, sifu'(sic)?’
Presidente quer polícia companheira
Ao lançar um pacote de programas sociais para combater a criminalidade nas favelas do Rio – em clima de festa no Complexo do Alemão -, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu que "a polícia que vai atuar aqui será mais companheira das pessoas". Os programas serão levados a 18 comunidades em 13 municípios do estado.
Paes arrecadou e gastou o dobro de Gabeira
Com um gasto geral de R$ 2,14 bilhões nas campanhas eleitorais para vereadores e prefeitos deste ano, o Brasil viu um aumento desproporcional no custo da conquista das capitais, onde os vitoriosos desembolsaram R$ 112,7 milhões. No Rio de Janeiro, a corrida custou R$ 11,4 milhões a Eduardo Paes (PMDB). O atual prefeito, Cesar Maia (DEM), gastara cerca de um terço, R$ 3,5 milhões, valor já corrigido pela inflação dos últimos quatro anos. E, considerado o resultado obtido por cada um, cada voto do peemedebista custou 4 vezes mais. Derrotado por pouca diferença, Fernando Gabeira (PV) gastou metade, R$ 5,2 milhões.
Ex-conselheiro do BNDES é indiciado
A Polícia Federal indiciou por lavagem de dinheiro o advogado Ricardo Tosto, ex-conselheiro do BNDES, e a mulher do deputado Paulinho (PDT-SP) na investigação sobre irregularidades na concessão de empréstimos do banco.
Comissão proíbe demitir marido de grávida
A CCJ da Câmara aprovou ontem projeto que proíbe empresas de demitir, durante 12 meses, funcionários cuja mulher ou companheira esteja grávida. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a decisão de inoportuna.
Jornal do Brasil
Paz no morro e guerra no asfalto
Enquanto ontem em Botafogo, no Morro Dona Marta – ocupado há 15 dias pela PM – moradores se acostumavam à nova realidade, sem tráfico, do outro lado da cidade, no Complexo da Maré, manifestantes entravam em confronto com a polícia, acusada da morte de Matheus Carvalho, 8 anos. O menino foi atingido por um tiro na nuca. A Linha Vermelha e Linha Amarela chegaram a ser fechadas e um carro, incendiado.
Desaceleração trará menos juros
A desaceleração da economia poderá influenciar a decisão do Banco Central de baixar a taxa básica de juros esta semana. A alta do dólar, que ontem fechou com a maior cotação desde 2005, é um fator que preocupa.
Taxa de divórcio cresce 200%
O brasileiro está se separando mais, informa o documento Estatística do registro civil, divulgado pelo IBGE. Entre 1984 e 2007, houve um divórcio para cada quatro casamentos realizados, um crescimento superior a 200%.
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