Folha de S. Paulo
Alckmin quer invocar Covas contra união Kassab-Quércia
A semana promete começar quente no PSDB, com a pressão de alckmistas pela consolidação da candidatura própria e ataques à coligação DEM-PMDB. O ex-governador Geraldo Alckmin disse a aliados que pretende participar hoje de movimento organizado por militantes do partido em defesa de sua candidatura.
Apesar do cuidado para que o ato não seja caracterizado como um lançamento de campanha, Alckmin deve se colocar à disposição do partido. Segundo a Folha apurou, o governador José Serra ficou irritado ao saber que os alckmistas deverão reivindicar a oficialização da candidatura no dia 5, embora a data já tenha sido fixada pelo presidente municipal do partido, José Henrique Reis Lobo, em conversa com Alckmin.
Tucano diz que sua candidatura está mantida
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem, após assistir a uma missa no Jardim Belém (zona leste da Capital), que manterá a pré-candidatura a prefeito de São Paulo.
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Alckmin participou, ao lado da mulher, Maria Lúcia, e do deputado federal José Aníbal (PSDB), de uma missa em memória do ex-governador Mario Covas, morto em 2001. A missa, assistida por cerca de 200 pessoas, é realizada anualmente.
Na semana passada, o DEM, que lançará o prefeito Gilberto Kassab como candidato à reeleição, fechou uma aliança com o PMDB do ex-governador Orestes Quércia, o que foi interpretado por analistas políticos como uma séria ameaça às pretensões de Alckmin.
Cobiçado, "bloquinho" faz ato por candidatura em SP
Cobiçados pela petista Marta Suplicy e pelo tucano Geraldo Alckmin, PSB, PC do B e PDT fazem hoje na Câmara Municipal ato em que vão criticar a polarização da campanha entre PSDB, DEM e PT e defender o lançamento de um candidato do chamado "bloquinho" à Prefeitura de São Paulo.
"Creio que a candidatura própria do bloco é irreversível, mas isso não exclui o diálogo político com outros partidos e candidatos", afirma o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B).
Além de Aldo, Luiza Erundina (PSB) e Paulinho da Força (PDT) são apontados como possíveis candidatos desses partidos à prefeitura. A expectativa é de que os três estejam lado a lado no ato de hoje.
Pré-candidatos de SP estimam gastar R$ 40 mi
Coordenadores políticos informais das principais pré-candidaturas à Prefeitura de São Paulo e marqueteiros estimam, segundo cálculos preliminares, que suas campanhas eleitorais neste ano na capital paulista custará entre R$ 35 e R$ 40 milhões.
É com essa faixa de gastos que Marta Suplicy (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Gilberto Kassab (DEM) e Paulo Maluf (PP) iniciam seus acertos. Até agora, a situação mais difícil é a do pré-candidato tucano, que luta com seu próprio partido para conseguir o direito de concorrer em outubro.
PT-BH enfrenta Executiva e aprova candidato do PSB
O PT de Belo Horizonte oficializou ontem a resistência e o confronto com a Executiva Nacional da sigla ao aprovar moção de "repúdio e indignação" contra a cúpula do partido que proibiu aliança com o PSDB do governador Aécio Neves, aliado do prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT).
Por ampla maioria dos 406 delegados do encontro municipal, foi aprovada a moção, seguida de discursos recheados de palavras contra a Executiva. No ato, também foi aprovado o nome de Márcio Lacerda (PSB), secretário no governo Aécio, como o candidato da coligação. O deputado estadual petista Roberto Carvalho foi indicado para a vaga de vice.
Lula diz que seus gastos vão ser públicos em 2011
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista publicada ontem nos jornais do grupo Diários Associados que se tivesse que produzir dossiê contra opositores teria feito isso em 2005, no escândalo do mensalão. "Se eu quisesse fazer dossiê, teria feito em 2005, quando fui triturado por adversários que vocês conhecem. E que, se investigados, teriam muita coisa. (…) Se eu fosse fazer um dossiê, não seria da dona Ruth [Cardoso]", disse, em referência à ex-primeira-dama.
Advogado alvo da PF decide se afastar de conselho do BNDES
O advogado Ricardo Tosto de Oliveira Carvalho, 45, investigado pela Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, pedirá hoje o afastamento do cargo de conselheiro de administração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), além de sugerir uma auditoria nos contratos de empréstimo que são alvo do inquérito na PF. O pedido será feito por fax ao presidente do banco estatal, Luciano Coutinho.
O advogado, que ocupa o cargo no BNDES desde agosto de 2007 por indicação da Força Sindical, foi libertado no último sábado pela PF de São Paulo, onde estava preso desde a quinta-feira. A polícia informou à Justiça Federal que a prisão de Tosto não era mais necessária para o andamento da investigação. Ele foi indiciado pela PF por supostamente ter exercido influência política na liberação de empréstimos que depois teriam sido desviados num esquema que envolveria empresas de fachada. A PF investiga principalmente empréstimos para a Prefeitura de Praia Grande (SP) e para as Lojas Marisa.
Polícia cita Paulinho na Operação Santa Tereza
O nome do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força Sindical, é citado várias vezes em relatório da Polícia Federal feito na Operação Santa Tereza.
A PF investiga suposto desvio de parte de recursos emprestados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a prefeituras e empresas.
O relatório, citado em reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", embasou o pedido de prisão de 11 suspeitos. Paulinho não foi incluído formalmente na investigação porque, por ser deputado federal, tem foro privilegiado. Por uma questão legal, se Paulinho fosse incluído, o que foi apurado pela PF sobre outras pessoas se tornaria nulo.
Entre os citados no relatório da PF está João Pedro de Moura, que foi assessor direto de Paulinho na Força Sindical. A reportagem de "O Estado de S. Paulo" diz que a PF classifica Moura como "um dos principais assessores da Força Sindical, responsável pela ligação da organização criminosa com o banco". Em 13 de fevereiro, a PF filmou Paulinho nos corredores da Câmara, acompanhado de Moura.
Valor de indenização caiu, afirma comissão
Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, o advogado e professor universitário Paulo Abrão Júnior defende as indenizações a perseguidos políticos e diz que no caso dos jornalistas as críticas são equivocadas, pois os valores foram reduzidos em até seis vezes em relação ao que era pago antes. Ele afirma que os moradores do Araguaia não têm ajuda do Estado para obter documentos que comprovem a perseguição sofrida.
"Oficialmente não existem documentações do Estado brasileiro relativas àquele período", afirmou à Folha na sexta-feira, em São Domingos do Araguaia (PA), onde houve um dos focos da guerrilha rural organizada pelo PC do B.
O Estado de S. Paulo
PF liga lobista do caso BNDES a líder do PMDB
No rastro do lobista João Pedro de Moura, amigo e ex-assessor do deputado Paulinho da Força (PDT-SP), a Operação Santa Tereza – que investiga suposto esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – espreitou o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Relatório de investigação da Polícia Federal identifica os passos de João Pedro em Brasília e revela que ele visitou o gabinete 539, do parlamentar, no dia 13 de fevereiro.
A Santa Tereza não acusa o deputado de participar do esquema, mas o documento mostra que a PF agiu dentro da Câmara, quando espionou João Pedro, inclusive no instante em que ele deixou a sala de Alves. Os federais descreveram o lobista, que foi conselheiro do BNDES, carregando uma mochila, provavelmente a mesma que, segundo o monitoramento dos agentes federais, ele teria deixado no gabinete de Paulinho algumas horas antes.
Capturado quinta-feira, quando a Santa Tereza foi deflagrada, João Pedro continua ocupando uma cela da custódia da PF de São Paulo. Ao sair da Câmara dos Deputados, João Pedro ainda recebeu ligação de outro integrante da quadrilha, o empresário Marcos Vieira Mantovani, e comemorou o resultado da visita a Brasília, segundo grampo feito pela PF. "Consegui todas as prefeituras do Rio de Janeiro, prefeituras do Estado da Paraíba e prefeituras do Estado do Rio Grande do Norte", disse João Pedro.
Deputado nega encontro com suspeito em gabinete
O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), negou enfaticamente ter recebido o lobista João Pedro de Moura em seu gabinete. Alves afirmou que não conhece o amigo e ex-assessor do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e que não mantém qualquer relação com o colega parlamentar.
"Eu mal sei quem é Paulinho. Só sei que ele é aquele daquela central sindical, da Força", disse ontem, em entrevista por telefone. "A minha relação com o Paulinho é só como deputado. Eu votei com ele uma vez que ele pediu uma ajuda em uma votação que o tema era sindicato", justificou.
Avisado de que na tarde do dia 13 de fevereiro policiais federais filmaram João Pedro deixando seu gabinete, de número 539, com uma mochila, Alves voltou a dizer que nunca ouviu falar no nome do lobista. "Não sei de onde veio, nem pra onde vai", insistiu.
Ele argumentou que não poderia tê-lo recebido, pois seu escritório está praticamente abandonado desde que se tornou líder do PMDB, em janeiro de 2007. "Não vou ao meu gabinete há muito tempo. No meu gabinete ficou só meu secretário, mas por ficar, porque não tem mais nada lá", defendeu-se. "Estou sempre na liderança, fico lá direto, sou o líder do PMDB e lá fica sempre o maior tumulto", afirmou.
Assessora de senador é o novo alvo da investigação
Maria da Glória é o novo alvo da Santa Tereza. Apontada pela Polícia Federal como chefe de gabinete de um senador, ela caiu na interceptação telefônica do lobista João Pedro de Moura, amigo e ex-assessor do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP).
Ela é suspeita de ser um dos elos entre a quadrilha supostamente especializada em desviar recursos do BNDES e políticos que teriam poder de fogo para aprovar financiamentos no banco estatal. Era a ela que João Pedro recorria sempre que pretendia viajar para o Rio de Janeiro.
”O que fizeram comigo foi uma violência”
Ricardo Tosto de Oliveira Carvalho, advogado que a Operação Santa Tereza aponta como beneficiário de suposto desvio de recursos públicos, assinou ontem, às 15h25, carta ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, pedindo seu afastamento do cargo de conselheiro da instituição. Ele requereu, ainda, abertura de auditoria interna sobre concessão de empréstimos para as prefeituras de Praia Grande e do Guarujá e para as Lojas Marisa – contratos que estão sob suspeita da Polícia Federal.
"Peço minha saída em caráter temporário até que sejam apurados os fatos em questão, diante das acusações de que exerci tráfico de influência junto ao BNDES para a liberação desses empréstimos", escreveu Tosto, que ficou 56 horas detido na Custódia da PF, por decisão judicial. "Eu quero que investiguem logo. Depois, vou avaliar. Quero colaborar. O BNDES é um banco muito sério, sua estrutura é séria e seu presidente (Coutinho) é um profissional transparente."
”Sem o PMDB hoje ninguém governa”
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (PMDB-SP), avalia que é cedo para falar sobre qual candidato o partido poderá apoiar em 2010. Na mesma semana em que seu colega Orestes Quércia (PMDB) pregou o apoio ao governador José Serra (PSDB), Temer diz que a tese da candidatura própria está cada vez mais consolidada. Mesmo no campo das "especulações", afirma ele, seria cedo para falar no tema. Para o parlamentar, a aliança PMDB-DEM em São Paulo não foi um recado sobre a insatisfação de Quércia com a coalizão. "Nós não interferimos nos diretórios locais e os diretórios locais não interferem nas decisões nacionais", explica. "Se é Serra, Aécio, Dilma, o futuro é que vai dizer", resume.
Alckmin diz que ainda é candidato
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) fez questão ontem de dizer que está mantida sua pré-candidatura à prefeitura, mesmo após o anúncio, na semana passada, do apoio do PMDB ao prefeito Gilberto Kassab (DEM). "Não há mudança nenhuma. Sou um homem de partido e tenho a convicção de que o PSDB quer uma candidatura própria", disse.
Elegantemente, Alckmin afirmou que não tem informação da participação do governador José Serra (PSDB) na articulação em prol da aliança do PMDB de Orestes Quércia com o DEM. "Não acredito nisso. Assim como eu, o governador é um homem de partido e, como eu também, um dos fundadores do PSDB", comentou, na saída de uma missa em Ermelino Matarazzo, zona leste da capital, em homenagem ao governador Mário Covas, morto em 2001.
PT de BH desafia direção e mantém acordo com Aécio
O Diretório Municipal do PT em Belo Horizonte desafiou o Diretório Nacional do partido e confirmou, na manhã de ontem, a indicação da candidatura do deputado estadual Roberto Carvalho a vice-prefeito da chapa liderada por Márcio Lacerda (PSB) para as eleições municipais de 2008 na capital mineira.
A escolha foi uma demonstração de que os petistas de Belo Horizonte deverão enfrentar o veto imposto pela Executiva Nacional do partido a uma aliança com o PSDB para o pleito deste ano. Lacerda, deputado estadual e Secretário do Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, é o nome apoiado pelo governador do Estado, Aécio Neves (PSDB), para a sucessão municipal. Na quinta-feira, a aliança do partido com o PSDB foi vetada pelo PT.
Correio Braziliense
Aliados cobram critérios para sucessão
Surpreendidos pela afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o governo terá candidato único à sucessão presidencial em 2010, os aliados se preparam para cobrar um passo a mais: definir critérios para a escolha do nome. Em entrevista exclusiva aos Diários Associados publicada ontem, Lula deixou claro que gostaria de construir um candidatura de consenso dentro da base aliada. Avisou, contudo, que na inexistência de um acordo entre os partidos, um nome o terá como cabo eleitoral em 2010. “Pode ficar certo de que o governo terá candidato”, disse.
A partir da reeleição de Lula, em 2006, os partidos governistas se deram conta do quanto pesa o apoio do petista no desempenho de um candidato nas urnas. Fato é também que os principais partidos de sustentação do governo sonham ter um nome próprio vestindo a faixa presidencial. O maior deles, o PMDB, por exemplo, almeja ter nome próprio nas eleições presidenciais.
Oposição: ver para crer
A oposição mostrou-se cética em relação à entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Diários Associados, na qual o petista reitera sua condenação à proposta de um terceiro mandato consecutivo. O presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), avalia que a ausência de uma definição em relação ao nome do sucessor acaba favorecendo os integrantes da base que defendem uma nova reeleição. O líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), não vê esse posicionamento como definitivo. “Ele mesmo já disse que é uma metamorfose ambulante, pode mudar de opinião daqui a seis meses.” O presidente do PPS, Roberto Freire, porém, considerou positiva a declaração de Lula contra o terceiro mandato. “Ele disse que a tese é uma ‘obscenidade’, é uma declaração forte a favor da manutenção do calendário eleitoral.”
Pente-fino em convênios
Na tentativa de rastrear o destino dado pela Editora Universidade de Brasília (EDU) aos milhões de reais recebidos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a CPI das ONGs levanta suspeitas em torno da atuação da MI Management Profissionais Associados, empresa que funciona num pequeno escritório no Setor de Autarquias Sul. De acordo com os técnicos da comissão, a Management recebeu da editora cerca de R$ 1,9 milhão em contratos sem licitação entre os anos de 2004 e 2007.
No período, ainda segundo os dados em poder da CPI, a empresa foi beneficiária de R$ 2,2 milhões do governo federal. Ou seja, quase 100% de seu faturamento via verbas públicas teve origem na editora vinculada à Universidade de Brasília (UnB). E se destinava a programas de atenção à saúde dos povos indígenas.
O Globo
PT de Minas desafia direção e fecha acordo com Aécio
Num desafio à executiva nacional do PT, o diretório municipal em Belo Horizonte aprovou a aliança com o PSDB do governador Aécio Neves para a eleição municipal. Os petistas indicaram o deputado estadual Roberto Carvalho (PT) para vice-prefeito na chapa encabeçada por Márcio Lacerda (PSB), secretário de Desenvolvimento Econômico de Aécio. Em entrevista aos Diários Associados, o presidente Lula disse que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) é uma extraordinária gerente, mas se será candidata em 2010 "é outra conversa".
Queda de Airbus da TAM: dez serão indiciados
O delegado Antônio Carlos Barbosa, da 27 DP de São Paulo, disse ter reunido provas para indiciar pelo menos dez pessoas no inquérito que apura os responsáveis pela morte de 199 pessoas na queda do Airbus A-320 que fazia o vôo 3054 da TAM, em Congonhas, em julho do ano passado. Responsável pelas investigações, Menezes Barbosa participou no fim de semana, em Porto Alegre, do oitavo encontro dos familiares das vítimas.
O delegado não informou os nomes dos prováveis indiciados. Disse apenas que serão acusados de lesão corporal e homicídio culposo (quando não há intenção de matar). O delegado disse também que a tragédia poderia ter sido evitada se uma regra da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que proibia o pouso, em Congonhas, de aeronaves com os freios auxiliares travados, tivesse sido respeitada.
ONGs: CPI votará quebra de sigilo de dirigentes
Principais responsáveis pela execução da política indigenista do governo, as ONGs que recebem repasses federais para atuar em aldeias da Amazônia estão na mira de investigações que correm simultaneamente no Ministério da Justiça e no Congresso. No próximo dia 6, a CPI das ONGs deve votar a quebra do sigilo bancário e fiscal dos dirigentes de três entidades que teriam desviado verbas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para assistência às tribos.
A presença crescente das entidades junto aos índios, noticiada ontem pelo GLOBO, preocupa a Secretaria Nacional de Justiça, que prepara um conjunto de regras para disciplinar a atuação das ONGs na floresta.
Jornal do Brasil
"Eu teria feito dossiê em 2005"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista publicada ontem nos Diários Associados que, se tivesse que produzir dossiê contra opositores, teria feito em 2005, durante o escândalo do mensalão.
– Se quisesse fazer dossiê, teria feito em 2005, quando fui triturado por adversários que vocês conhecem. Se fossem investigados, teriam muita coisa. Se fosse fazer um dossiê, não seria da dona Ruth – em referência à ex-primeira-dama.
Ao negar que o governo tenha reunido documentos contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula indicou a linha de defesa do governo no caso, a de que dados de ex-presidentes não são sigilosos.
– Quando deixar a presidência, no 1º dia de janeiro de 2011, os meus dados serão dados públicos – garantiu.
Acidentes causados por bebida são 80% do total
A Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) fará ingerências no Congresso Nacional para tentar derrubar o caráter de "urgência urgentíssima" do projeto de lei que limita a publicidade de bebidas de baixo teor alcoólico – cerveja, vinho e cooler – ao horário entre 21h e 6h. Apoiado pelo governo, o projeto visa a diminuir o impacto dos anúncios sobre crianças e adolescentes, que estão chegando em maior número ao grupo de mútua ajuda Alcóolicos Anônimos do Rio, como mostrou a edição de ontem do Jornal do Brasil.
– Reconhecemos que o problema é grave, mas ele deve ser combatido em várias frentes – opina o vice-presidente executivo da ABA, Rafael Sampaio. – Essa classificação de urgência urgentíssima limita a discussão no Congresso, pois tranca a pauta. Esse não é o melhor caminho.
Para Sampaio, a questão envolve um hábito universal e culturalmente aceito no Brasil, o de beber.
– Há países em que a publicidade foi banida e não deu certo. A União Européia agora está tentando unificar os critérios em todos os países – diz. – Nos Estados Unidos, a Suprema Corte estendeu a liberdade de expressão artística à criação comercial. Tudo é resolvido com acordos e auto-regulamentação.
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