Jornal do Brasil
Aumenta pressão por licensa
Em tensa sessão, senadores da ala governista e da oposição iniciaram ontem um novo movimento para tentar convencer o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a licenciar-se do cargo até que seja absolvido de todas as denúncias que enfrenta. Exigiram que o colega deixasse a presidência a fim de preservar a já prejudicada imagem da instituição e as suas próprias reputações nos Estados. Ameaçaram novamente paralisar os trabalhos da Casa.
Renan rebateu a acusação de que teria mandado espionar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Informou que abrirá uma sindicância interna e manterá afastado até a conclusão da investigação o ex-senador Francisco Escórcio, seu assessor que teria tentado operar o esquema de arapongagem. Os demais senadores consideraram a medida insuficiente. Renan argumentou então que, como ele próprio não queria ser alvo de prejulgamentos, não exoneraria de forma sumária o auxiliar.
O presidente do Senado voltou a ressaltar que não pedirá licença, pois assim estaria assumindo ser culpado.
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Por CPMF, governo volta a revogar MP
O governo decidiu retirar a medida provisória que trata da concessão de benefícios a trabalhadores rurais. A MP tranca a pauta de votações da Câmara. A idéia é limpar a pauta da Casa para votar o último turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2011.
A decisão foi tomada na tarde de ontem durante reunião de líderes da base aliada conduzida pelo líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE). O objetivo é concluir a votação do segundo turno da PEC até as 4h de hoje – o que evitará atrasos no cronograma definido pelos governistas.
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que seu partido votará unido em favor da aprovação da PEC.
Infiéis da oposição com Walfrido
Com a caneta para empenhar emendas orçamentárias e exaltando a amizade, o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, conseguiu o apoio de sete deputados da oposição – três do DEM, três do PPS e um do PSDB – na votação do primeiro turno da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF. Quatro são da bancada de Minas, reduto de Walfrido, e amigos pessoais do ministro. E destes, dois tiveram emendas orçamentárias empenhadas no valor total de R$ 2,1 milhões. O ministro ainda trabalhou para levar três desses parlamentares para o PMDB, partido da coalizão governista.
Nos dois últimos meses, no calor da discussão da CPMF e às vésperas da votação em plenário, os mineiros Lael Varella (DEM) e Geraldo Thadeu (PPS) tiveram emendas empenhadas no valor de R$ 1,4 milhão e R$ 790 mil, respectivamente, de acordo com levantamento da assessoria técnica do DEM junto ao Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro. Outros deputados que peitaram seus partidos e votaram com o governo foram Manoel Salviano (PSDB-CE) – o único tucano na contramão da determinação da legenda na questão – os democratas Bispo Rodovalho (DEM) e Edmar Moreira (MG), além de Alexandre Silveira (MG) e Ilderlei Cordeiro (AC), ambos do PPS.
Mônica é sucesso nas bancas
Foi um sucesso de crítica e público no Congresso a edição da revista Playboy com a jornalista Mônica Veloso, mãe da filha que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teve fora do casamento. No primeiro dia em que circulou em Brasília, cerca de 150 exemplares da revista foram vendidos nas dependências da Câmara e do Senado.
Mônica foi pivô do escândalo que deu início à crise enfrentada pelo presidente do Senado. Renan foi acusado de receber ajuda de um lobista para pagar a pensão da filha que teve com a jornalista, mas foi inocentado pelos colegas. Ontem, o PSDB e o DEM protocolaram no Conselho de Ética da Casa a quinta representação contra Renan, que terá de rebater a denúncia segundo a qual montou um esquema para espionar adversários.
Só na banca da chapelaria do Congresso, onde os parlamentares embarcam e desembarcam de seus carros, 103 revistas foram vendidas ontem. O gerente da loja, José Irinaldo, havia encomendado 100 exemplares da revista. Por causa da grande procura, pediu ajuda à banca localizada em um edifício da Câmara. Recebeu um outro lote da revista. A banca localizada na Câmara vendeu 47 exemplares.
Folha de S. Paulo
Senadores acuam Renan e pedem saída; aliados calam
Na sessão pública mais tensa em quase cinco meses de crise no Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ouviu apelos de 12 colegas para que se afaste do cargo, bateu boca com outros três e passou a enfrentar uma quinta representação que pede sua cassação por quebra de decoro, assinada por PSDB e DEM. Foram duas horas de bombardeio contra Renan, em protesto orquestrado por 19 senadores de seis partidos -PSDB, DEM, PMDB, PSB, PT e PDT. A avaliação de opositores e governistas é que a situação do peemedebista nunca foi tão complicada, com perda significativa de apoio no PMDB e no PT.
Além de cobrar a saída de Renan, o grupo de senadores também fez um ultimato, em plenário, para que o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), indicasse o relator da terceira representação contra Renan -uso de "laranjas" para comprar rádios.
Também deu prazo até o dia 2 de novembro concluir todos os casos sob pena de obstrução generalizada, com o apoio de siglas da base. Caso isso ocorra, complicará a votação da emenda da CPMF (o chamado imposto do cheque).
Renan afasta assessor, mas diz que não sai
Após ouvir apelos de senadores para deixar a presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse ao plenário da Casa que não recuará, culpou a imprensa pelas novas denúncias contra ele, e anunciou o afastamento do seu assessor especial, Francisco Escórcio, pivô do caso de espionagem.
Ele foi cobrado por ter apenas "afastado temporariamente" e não exonerado Escórcio enquanto durar a sindicância para apurar o caso na Casa. "É o que eu poderia fazer, não posso prejulgar", declarou o senador.
Renan discursou da tribuna, por cerca de 20 minutos, até ser interrompido por opositores. Falou em "linchamento", "infâmia" e avisou: "Sei que poderei responder a outras [acusações] na próxima semana. Não se surpreendam se surgir outra invencionice, outra maluquice qualquer. São esquizofrenias da política à procura de um autor", disse para em vários momentos atacar a imprensa.
"No Brasil, nosso jornalismo já não informa de maneira isenta e de maneira imparcial. Ele, infelizmente, persegue objetivos políticos", afirmou.
Playboy de Mônica Veloso bate recorde de vendas na banca do Congresso
Estopim da crise envolvendo Renan Calheiros (PMDB-AL), sua ex-amante Mônica Veloso reapareceu ontem no Congresso e, desta vez, bem mais à vontade. Na capa da revista "Playboy", Mônica voltou a chamar a atenção dos parlamentares, assessores e servidores que compraram num período de dez horas, 150 revistas, um recorde na história da banca.
O gerente da banca localizada na entrada principal do Congresso, José Erinaldo, 33, disse que nunca foi tão grande o movimento de assessores por lá. "Teve um que levou três, mas eles não contam de jeito nenhum para quem estão levando a revista", afirmou. Em duas horas, 40 revistas foram vendidas.
Renan preferiu não comentar. Ao ser questionado por jornalistas, fechou a cara. Já o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) confessou que entrou numa banca, ainda em São Paulo, e, meio constrangido, chamou o vendedor num canto. "Posso lhe fazer uma pergunta indiscreta? Já chegou a revista da Mônica Veloso?", sussurrou. "Já", respondeu o vendedor. "Então me de uma", disse encerrando a conversa.
Lula teme que crise no Senado ponha em risco a CPMF
O governo Lula teme que o agravamento da crise envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ponha em risco a aprovação da prorrogação da CPMF, o imposto do cheque, ainda neste ano. Caso isso ocorra, há uma avaliação jurídica de que ela não poderia ser cobrada nos primeiros três meses do próximo ano, podendo provocar uma perda de R$ 10 bilhões.
Segundo a Folha apurou, voltou a crescer a preocupação de Lula com a crise em torno de Renan, mas sua única opção política viável é tentar aprovar a prorrogação da CPMF com o senador no cargo -apesar de o Planalto preferir a licença. O calendário de votação da CPMF já estava apertado mesmo antes do surgimento das novas denúncias contra Renan, de que ele teria mandado investigar os colegas Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).
A previsão anterior era que a votação final da emenda que prorroga a CPMF no Senado ocorresse na segunda quinzena de dezembro. Agora, o temor é que ela fique para janeiro, já que a oposição sinalizou que não pretende encurtar os prazos de tramitação da proposta e está disposta a obstruir votações até que Renan saia.
O Estado de S. Paulo
Caso de espionagem aumenta crise e senadores pedem saída de Renan
Isolado, sem apoio nem mesmo de sua tropa de choque, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enfrentou ontem a mais tensa sessão desde o início da crise que põe seu mandato em xeque. Confrontado por discursos de senadores que pediram seu afastamento imediato da presidência da Casa, Renan não só reiterou que ficará no posto como frustrou os que esperavam o anúncio da exoneração de seu assessor Francisco Escórcio, acusado de armar um esquema para bisbilhotar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Ficou só na retórica, também, ao se defender da acusação de ter investigado as prestações de contas da verba indenizatória de todos os senadores da Casa, conforme o Estado revelou ontem.
Escudado na acusação de que tudo não passou de uma campanha mentirosa da mídia, Renan acabou criando no plenário um clima típico de comissão parlamentar de inquérito (CPI). Na cadeira de presidente, ouviu apelos crescentes, de senadores do PDT, PSDB, PMDB, DEM e até do PT, para que se licenciasse do cargo. Por fim, constrangido por uma atitude de Demóstenes, teve de ouvir uma fita em que um dos envolvidos na denúncia, o advogado Heli Dourado, dizia a um repórter do jornal Folha de S.Paulo ter conversado com Escórcio sobre a tentativa de espionagem.
Assessor de confiança é afastado
Ao se defender da tribuna, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou ontem o afastamento de seu assessor Francisco Escórcio e a abertura de uma sindicância para investigar a denúncia de espionagem contra os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Acusado de ter sido o responsável por enviar Escórcio para Goiânia, a fim de bisbilhotar os dois senadores, Renan voltou a jurar inocência, mas não convenceu seus pares. "É mentira. Não pedi, não ordenei, não autorizei, não deleguei e não encomendei nenhuma atrocidade como essa", disse o peemedebista.
De novo, Renan se colocou no papel de vítima da imprensa por conta das acusações . Desta vez, negou ter investigado a prestação de contas da verba indenizatória dos senadores na tentativa de encontrar irregularidades para constranger e chantagear os colegas.
Presidente perde apoio até da bancada do PT
Após cinco meses de crise, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) viveu ontem um dia diferente. Continuou resistindo, dizendo que não deixa a presidência do Congresso, mas chegou ao fim do dia claramente mais isolado e sem poder contar com o apoio da bancada do PT. A senadora e líder dos petistas, Ideli Salvatti (SC), foi direto ao ponto: "Não adianta querer tapar o sol com a peneira: há um sentimento crescente de que o melhor é o afastamento." Ideli deixou claro que não falava em nome da bancada, mas mostrou que não é voz isolada no PT.
Antes de se reunir com senadores do DEM, PSDB, PSB, PDT e PMDB, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) teve o cuidado de consultar, um a um, os 11 senadores petistas sobre a conveniência de Renan se afastar da presidência. "Todos foram unânimes na defesa de que o melhor é ele sair", revelou Mercadante.
Lula revoga outra MP e Câmara aprova CPMF
A Câmara aprovou ontem à noite, em segundo turno de votação, emenda à Constituição que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 31 de dezembro de 2011 e a Desvinculação das Receitas da União (DRU). O texto básico da emenda foi aprovado por 333 votos a favor, 113 contra e 2 abstenções. A vitória do governo foi folgada: foram 25 votos a mais que o mínimo necessário de 308. No primeiro turno, em 19 de setembro, o placar foi de 338 votos a favor, 117 contra e 3 abstenções.
Para concluir a votação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revogou a medida provisória que tratava da aposentadoria do trabalhador rural. Esta é a terceira MP que o governo revoga em menos de um mês por causa da prorrogação da contribuição. "Foi um mal necessário para evitar um mal maior", disse o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS). "Com cada MP, a oposição faz uma barricada para não votar a CPMF."
Governo teme derrota no Senado
O governo conta com margem muito estreita de votos para aprovar a prorrogação da CPMF no Senado até dezembro. Pior: ministros avaliam que o clima de conflagração no Senado, motivado pela permanência do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), poderá prejudicar a votação. Pela contabilidade do Palácio do Planalto, o governo tem 51 votos no Senado, apenas dois a mais do que o necessário para esticar a validade do chamado imposto do cheque até 2011.
Na tentativa de aprovar a CPMF, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, entrou em cena e passou a telefonar para governadores. Mantega tem cobrado retribuição ao gesto do governo, que deu sinal verde para a renegociação das dívidas de vários Estados. Outro argumento é que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) correrá risco se o tributo for cortado.
Lobão vai para PMDB de olho em ministério
Depois de ter comunicado oficialmente ao DEM e ao Palácio do Planalto que não deixaria o partido, o senador Edison Lobão (MA) mudou de idéia e de endereço partidário ontem, transferindo-se para o PMDB. De acordo com um importante interlocutor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o motivo da troca de legenda foi um acerto fechado entre o Palácio do Planalto e o grupo do senador José Sarney (PMDB-AP), pelo qual Lobão pode vir a assumir o comando do Ministério de Minas e Energia.
"Foi acertado um pacote, em que Lobão se compromete a dar um voto a favor da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)", contou o interlocutor ao Estado. "Não se definiu quando Lobão irá para o ministério, mas o pacote está fechado."
Se continuasse na bancada do DEM, o senador maranhense não teria como apoiar o governo na votação da emenda que prorroga a cobrança do tributo. Como a Executiva Nacional do DEM fechou questão contra a CPMF, qualquer dissidência será punida com expulsão.
Correio Braziliense
Renan abandonado
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é um homem solitário no Senado. Ontem, nem mesmo seus poucos aliados o defenderam. Os líderes do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e do PMDB, Valdir Raupp (RO), se calaram. Até a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), de sua tropa de choque, mudou o discurso e defendeu a saída do presidente do Senado. Outros três, Roseana Sarney (PMDB-MA), José Sarney (PMDB-AP) e Almeida Lima (PMDB-SE), nem apareceram.
Abandonado pelos colegas, Renan teve que ouvir senadores de partidos aliados e da oposição pedirem, mais uma vez, sua cabeça. Mostrou descontrole ao se irritar com Aloizio Mercadante (PT-SP). Saiu da tribuna e deu as costas para o petista. Depois, pediu desculpa pela “deselegância”.
O peemedebista repetiu o discurso de inocência, disse que continua no cargo e anunciou o afastamento do ex-senador e assessor Francisco Escórcio, acusado de tentar criar um esquema de espionagem contra os senadores Demostenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Renan disse que pediu sindicância para apurar as denúncias de bisbilhotagem.
Ainda falta um sucessor
A sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado já virou conversa constante nas rodas de senadores. Publicamente, eles evitam tocar no assunto. Mas, reservadamente, não hesitam em falar sobre o substituto de Renan. O senador alagoano pode, nos próximos dias, ser alvo de um quinto processo por quebra de decoro.
Oposição e base governista avaliam que, no curto prazo, o mais conveniente seria a licença temporária, e não uma renúncia ao cargo. Com a licença, assumiria o primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), até uma eventual volta de Renan.
Na hipótese de renúncia ao cargo, Viana teria que convocar eleições dentro de um prazo de cinco dias. A tradição e o regimento rezam que a Presidência do Senado deve ficar com o PMDB, por ser a maior bancada da Casa. Embora nada impeça que um outro partido lance candidato, como fez o DEM em fevereiro, quando o líder da legenda, José Agripino (RN), perdeu para Renan.
Revista com Mônica nua agita o Congresso
A capa da revista anuncia: “A mulher que abalou a República”. Ontem, as curvas da jornalista Mônica Veloso esquentaram as vendas da banca em frente à entrada principal de parlamentares no Congresso. Esgotaram todas as 100 revistas que exibiam nua a ex-amante do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Entre os que colaboraram para a média de 12 exemplares vendidos por hora estão deputados, senadores, assessores e servidores do Congresso. O estoque será reposto hoje, com mais 100 revistas.
O vice-líder do PT, Maurício Rands (PE), foi pessoalmente à banca do Congresso comprar a Playboy. Estava acompanhado do também deputado Bruno Araújo (PSDB-PE). Rands não apenas comprou como comentou os atributos da jornalista. Ele disse que Mônica não explica o “sufoco” que Renan enfrenta na Casa. “O sofrimento que ele passa não justifica o fogo da paixão que ele teve”, afirmou o político, para em seguida dizer que Mônica Veloso é uma mulher bonita, mas que suas fotos foram retocadas, com um programa de computador. “Tem uma dose de photoshop razoável”, disse.
Lobão troca o DEM pelo PMDB
O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) resolveu desembarcar o seu grupo do DEM e apostar todas as fichas no fortalecimento de suas posições no PMDB, principalmente no Senado, que ontem ganhou a adesão do senador Edison Lobão (MA). Ex-governador do Maranhão, ele é aliado incondicional da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que também havia deixado a legenda. Ao comunicar a filiação de Lobão à bancada peemedebista, o líder do PMDB, Valdir Raupp (PMDB-RO), anunciou que o senador maranhense seria indicado por Sarney para o cargo de ministro de Minas e Energia, fato desmentido pelo Palácio do Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não gostou do boato sobre a possível indicação de Lobão para a pasta de Minas e Energia. Segundo auxiliares diretos, considerou despropositada a informação e reafirmou a intenção de reconduzir Silas Rondeau ao cargo. Interlocutores do presidente dizem que o caso não passa de lobby do grupo de senadores ligados a Sarney para pressionar o governo.
Protesto, sandálias e truculência
Manifestantes da Juventude Popular Socialista, ligada ao PPS, se vestiram de frades franciscanos com batas e sandálias e foram manifestar dentro do Senado. Sete acabaram detidos pela polícia do Senado antes mesmo de começarem a entregar 19 sandálias aos parlamentares do PMDB. Depois de serem arrastados até a sala da segurança, onde ficaram 40 minutos, saíram tentando minimizar a ação dos policiais.
Enquanto eram detidos, os manifestantes gritavam que estavam sendo vítimas da truculência. Ao saírem, revelaram que assinaram um documento no qual os militantes atestavam que os policiais foram profissionais. “Foram truculentos na forma de carregar a gente, mas vamos focar na política”, desconversou Anderson Martins, secretário nacional de organização da Juventude Popular Socialista (JPS), que participou da manifestação. “Mas eles nos explicaram que o Regimento Interno da Casa proíbe qualquer tipo de manifestação dentro do Senado”, completou.
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