Folha de S.Paulo
Pesquisa aponta que 17% dos deputados estão ligados a "lobby da cerveja"
Levantamento na Câmara mostra que, dos 513 deputados federais, 87 (16,96%) estão ligados a empresas com interesses contrários à regulamentação da publicidade de cerveja. Esses 87 possuem concessões de rádio e TV ou obtiveram doações de campanha da indústria de bebidas e de comunicação. O projeto que restringe a propaganda de bebidas com baixo teor alcoólico no rádio e na TV entre as 6h e as 21h foi tirado da pauta de votações a pedido do governo. Segundo estudo da Unifesp, propagandas de cerveja infringem vários itens do código de auto-regulamentação do setor
O Congresso em Foco publicou levantamento semelhante ainda em 30 de janeiro deste ano:
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Um em cada oito dos 594 congressistas que votarão, neste semestre, duas propostas do governo que contrariam os interesses da indústria de bebidas alcoólicas recebeu recursos de empresas do setor durante a campanha eleitoral.
Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra que 51 deputados e 11 senadores declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter recebido R$ 4,5 milhões de fabricantes de cerveja, vinho e cachaça.
Paulinho e seu advogado se contradizem sobre depósito
O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) entrou em contradição com seu advogado, Antonio Rosella, ao explicar um depósito de R$ 37,5 mil feito pelo consultor da Força Sindical João Pedro de Moura, preso pela Polícia Federal, na conta de uma ONG presidida pela mulher do deputado. Na mesma coletiva, Paulinho disse que o depósito foi para pagar dívida de Moura com a ONG presidida pela mulher do deputado. Na mesma coletiva, Paulinho disse que o depósito foi para pagar dívida de Moura com a ONG, e o advogado, que foi uma doação.
Correio Braziliense
Aparecido à própria sorte
O governo pressiona o secretário de Controle Interno da Presidência da República, José Aparecido Nunes Pires, a assumir o vazamento das informações sobre gastos realizados em nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. A ofensiva tem duas frentes. Em público, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e parlamentares aliados anunciam que apóiam a convocação de Aparecido pela CPI dos Cartões. Nos bastidores, interlocutores do Palácio do Planalto acertam com o servidor uma punição branda, só na esfera administrativa, com a garantia de retorno dele para o quadro funcional do Tribunal de Contas da União (TCU).
O objetivo dessa espécie de acordo é reduzir os riscos de Aparecido, sentindo-se acuado pelas investigações, responsabilizar um superior hierárquico, seja a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, seja a secretária-executiva da pasta, Erenice Guerra. A ordem para os governistas é circunscrever o caso a um desvio de conduta pessoal. Ou, no máximo, a uma quebra de confiança. Por isso, ministros não saíram a campo ontem para comentar o fato de a Polícia Federal e o laudo preliminar do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI) responsabilizarem Aparecido pelo vazamento do suposto dossiê forjado para constranger o PSDB. O governo nada teria a ver com o caso.
PSDB centra fogo em Erenice
A oposição escolheu a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, como alvo principal no episódio do dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ela é o trampolim na tentativa de chegar a Dilma. “Tenho uma opinião: Erenice Guerra chefiou a feitura do dossiê e sua posição no governo é insustentável”, afirmou ontem da tribuna o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
PSDB e DEM reagiram com cautela à descoberta de que o secretário de controle interno da Presidência da República, José Aparecido Nunes Pires, repassou o dossiê por e-mail a um assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PS). Para a oposição, o governo pode tentar encerrar o caso ao responsabilizar José Aparecido, distante politicamente de Dilma. Isso enterraria as suspeitas em torno da ministra.
Um homem-bomba nos corredores do Planalto
A reação do secretário de Controle Interno da Presidência da República, José Aparecido Nunes Pires, foi rápida depois da divulgação do laudo preliminar do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), órgão subordinado à Casa Civil. O documento o responsabiliza pelo vazamento de informações sobre gastos realizados em nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na quinta-feira, o servidor contratou advogados para defendê-lo no caso. Ontem, avisou a interlocutores que está disposto a prestar esclarecimentos à CPI dos Cartões. Esse segundo recado deixou em estado de ebulição o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
Oposicionistas vêem em Aparecido um homem-bomba capaz de detonar as pretensões eleitorais da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Já os governistas admitem a necessidade de apagar o rastilho de pólvora, acelerando as negociações, realizadas nos bastidores, com o secretário. Em conversas reservadas, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendam a Aparecido que se afaste do cargo durante as investigações. A prioridade, no entanto, é convencê-lo de que não é preciso assumir a culpa atirando no governo. Afinal, a pena será meramente administrativa, com a promessa de retorno tranqüilo ao quadro de servidores do Tribunal de Contas da União (TCU).
Assessor de tucano aponta pressão
Na opinião de André Eduardo da Silva Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o secretário de controle interno da Presidência da República, José Aparecido Nunes Pires, quis tentar intimidá-lo ao enviar, por e-mail, o dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos últimos dias, Fernandes disse a pessoas próximas que mantinha divergências políticas com José Aparecido, apesar da amizade desde os tempos em que trabalharam juntos no Tribunal de Contas da União (TCU).
O assessor do tucano não duvida que o servidor do Palácio do Planalto tenha mandado o documento com o intuito de provocá-lo. Na época do envio do dossiê, em 20 de fevereiro, oposição e governo discutiam a instalação de uma CPI mista para investigar o uso dos cartões corporativos. Para Fernandes, o material enviado por e-ma
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