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Estratégia Infalível
O senador Tião Viana, do PT do Acre, acreditava que o apoio do presidente da República, sua biografia e as elogiáveis propostas de moralização do Parlamento seriam suficientes para convencer os colegas de que seu nome era o que havia de melhor para presidir o Congresso. A política, porém, não se move apenas por virtudes. Há interesses gigantescos, alguns inconfessáveis, a maioria infelizmente direcionada ao fisiologismo. Na semana passada, o senador José Sarney apresentou-se como candidato do PMDB e, mantida a lógica, assumirá nesta segunda-feira o comando do Senado. Sarney fez uma campanha de bastidores usando a mesma fórmula que marcou sua trajetória ao longo de mais de meio século de política. Prometeu cargos aos que não têm, assumiu o compromisso de manter os cargos dos que já têm, garantiu um ambiente de tranquilidade ao governo e, ao mesmo tempo, assegurou à oposição que será um presidente independente, como se isso tudo fosse possível.
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Em novembro do ano passado, Tião Viana procurou Sarney e pediu apoio. "Conte comigo", respondeu o senador, que já estava costurando sua candidatura com a ajuda de Renan Calheiros, um de seus principais discípulos na política e que dispensa maiores apresentações. E tome promessas. O DEM, que flertava com Tião Viana, foi o primeiro a fechar com Sarney, após a garantia de que continuará comandando a primeira-secretaria, responsável pela administração de um orçamento anual de 2 bilhões de reais e epicentro de uma série de escândalos de corrupção. O PSDB chegou a piscar diante da proposta de assumir a primeira-vice-presidência, a quarta-secretaria e a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos. Adversário histórico de Sarney, até o senador Fernando Collor prometeu entregar seu voto e o de mais seis petebistas em troca do comando da Comissão de Relações Exteriores. O PR, partido com quatro senadores, obteve o compromisso mais prosaico: a troca da frota de carros oficiais, hoje composta de Fiat Marea da década de 90.
Cobrança suspeita
No mundo em que voa a Embraer, a maior fabricante de aviões da América Latina, são comuns pendengas por interesses comerciais contrariados envolvendo cifras vultosas. Desde o fim do ano passado, a Embraer está às voltas com um litígio assim. A empresa brasileira tornou-se alvo de uma ação da lobista colombiana Maria Juliana Buendía de La Vega, sócia da Eximco International, uma conhecida representante do comércio mundial de armas e equipamentos militares. Ela contratou um escritório de advocacia no Brasil para cobrar da Embraer uma suposta dívida de 18 milhões de dólares. O dinheiro, segundo ela, deveria ter sido pago como bônus de sucesso por um acordo que envolveu a venda ao governo da Colômbia de 25 aviões Super Tucano pelo valor de 234 milhões de dólares. Para uma companhia que tem uma receita anual de 7 bilhões de reais e emprega 23 000 funcionários, o valor da dívida não seria um grande problema. O que fere a Embraer é o fato de a Eximco afirmar que o negócio só se concretizou mediante o pagamento de "contribuições políticas" a autoridades colombianas.
A Eximco International intermedeia a venda de equipamentos militares a governos de vários países. Em 2000, a companhia foi contratada pela Embraer para assessorá-la numa concorrência aberta pelo governo colombiano para a compra de aviões de combate. De acordo com Maria Juliana de La Vega, a fabricante brasileira venceu a licitação, em 2005, graças a um trabalho de lobby realizado por seu marido, o major aposentado Guillermo Garcia Gil, conhecido como Mayorca e bem relacionado no governo. O major era amigo do general Héctor Velasco, comandante da Força Aérea da Colômbia. Segundo a lobista, para garantir a vitória da Embraer, Mayorca, que morreu em 2005, teria distribuído 4 milhões de dólares em propina, tendo o general Velasco e o então ministro da Defesa e vice-presidente Gustavo Bell como os principais beneficiados.
Para tentar embasar as acusações, os advogados da lobista apresentaram um conjunto de documentos à Embraer aos quais VEJA teve acesso. Além de um contrato de prestação de serviços, há várias trocas de correspondência entre diretores das duas empresas. Os papéis não provam pagamento de propina às autoridades colombianas – nem que a atuação do lobista tenha sido decisiva para a compra dos aviões. Nas conversas dos executivos da Embraer, os lobistas falam em "contribuições políticas", "comissões" e "taxas políticas", termos que poderiam sugerir alguma ação menos ortodoxa. Nada mais do que isso. Mayorca foi contratado pela Embraer em 2000, depois de procurar a companhia e narrar as intenções do governo colombiano. "Ficou claro que ele tinha um acesso político privilegiado e poderia ajudar na venda", explica Eduardo Munhós, executivo responsável, ao tempo do episódio, pela diretoria internacional da Embraer. Pelo acordo, Mayorca receberia 8% do valor da venda. O executivo diz que a tal "contribuição política" fazia parte do trabalho legal de lobby, como a montagem de um escritório e jantares de representação. Nada a ver com suborno de funcionários.
Fantasma exorcizado
O presidente Lula deu mais uma prova de que a candidata do PT à Presidência da República no próximo ano será mesmo a ministra Dilma Rousseff. E não foi uma prova qualquer. A alta popularidade do governo sempre foi usada por alguns petistas amalucados como argumento sólido para tentar mudar a Constituição e criar a possibilidade de um terceiro mandato para Lula. O autor oficial da proposta, o deputado Devanir Ribeiro, do PT de São Paulo, amigo e compadre do presidente, articulou durante quase dois anos a apresentação de uma emenda que previa, entre outras coisas, a convocação de um plebiscito sobre o tema. O parlamentar anunciou que finalmente desistiu da ideia. Vai comunicar sua decisão ao partido e, o mais significativo, fará isso atendendo a um pedido direto de Lula. "O presidente não quer a re-reeleição, a proposta não tem o apoio da sociedade e o PT já tem um candidato", explica Devanir, que esteve com Lula no fim do ano passado, no Palácio do Planalto, convocado exclusivamente para discutir o assunto. O presidente, segundo o deputado, foi taxativo: disse que está cansado, que oito anos de mandato é tempo suficiente e a alternância de poder é importante para a democracia.
Lula bem que poderia ter chamado Devanir Ribeiro em 2007, quando o deputado anunciou sua proposta, e encerrado a discussão, revelando antes o agora propalado apreço à democracia. Como não o fez, ficou a impressão de que a proposta era uma espécie de curinga a ser sacado de acordo com a conveniência política. Agora, para não criar constrangimentos à candidatura de Dilma Rousseff, o presidente chamou o deputado e lhe pediu que esquecesse o assunto. "Eu vou avisar ao PT que o presidente não quer o terceiro mandato e que eu retiro as minhas propostas", disse Devanir. Na próxima semana, Lula dará posse ao ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, do PT, como ministro responsável pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social. O cargo é apenas um pretexto para trazê-lo a Brasília. O conselho, que teve alguma relevância no início da era Lula, está esvaziado e hoje é comandado pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio. A verdadeira missão de Pimentel será coordenar a campanha presidencial de Dilma. Ele será o braço-direito da candidata, exercendo na primeira fase da campanha uma fusão das funções que José Dirceu e Antonio Palocci tiveram na eleição de Lula, em 2002. A democracia funciona assim.
Já vai tarde
O deputado estadual Jorge Babu, do PT do Rio de Janeiro, tem uma ruidosa trajetória de fora-da-lei e construiu uma carreira vitoriosa na política. Policial civil, elegeu-se duas vezes como vereador – em 2000 e 2004 – e, em 2006, para a Assembleia Legislativa do estado. A estirpe Babu continua representada na Câmara por Elton, irmão de Jorge, eleito no ano passado, também pelo PT. A ficha corrida de Jorge Babu inclui uma prisão em 2004, numa quadra de briga de galos, junto com o publicitário Duda Mendonça. Dois anos depois, ele foi denunciado pelo Ministério Público, acusado de integrar uma quadrilha que extorquia comerciantes. E, desde o início do ano, responde a processo em que é apontado como chefe de uma milícia que achaca moradores e explora clandestinamente serviços como venda de gás e TV a cabo na Zona Oeste, seu reduto eleitoral. Apesar desse histórico, somente na semana passada o PT resolveu expulsá-lo. Ele ainda pode recorrer.
Na definição do MP, Babu e seu bando são "indivíduos extremamente perigosos". Mas foi preciso que a iniciativa de expulsá-lo partisse da Executiva Nacional: até este mês, a maior punição imposta pelo diretório regional petista fora um afastamento por sessenta dias. O motivo para a vista grossa vai além da figura intimidadora de Babu, que circula com meia dúzia de capangas a tiracolo. "É impensável que alguém como ele pudesse ser candidato a alguma coisa, mas acordos com grupos de dentro do próprio PT, interessados no apoio dele na Zona Oeste, permitiram isso", diz o deputado federal petista Antonio Carlos Biscaia, que pediu a expulsão de Babu. Na avaliação do cientista político Gláucio Soares, o gesto do PT reflete uma mudança no jogo de interesse dos partidos com bandidos que dominam currais eleitorais no Rio. "Somente depois de repetidos episódios de violência envolvendo milícias passou a ser inconveniente para os partidos ter gente ligada a esses grupos", diz Soares.
Istoé
PMDB afia as garras
A eleição para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que acontecerá nesta segundafeira 2, será muito mais do que uma simples disputa pelo comando das duas Casas do Congresso. Nos bastidores, as negociações apontam para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. A oposição, capitaneada pelos governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e também governo federal, com Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, à frente, converteram- se nos principais cabos eleitorais do deputado Michel Temer (SP) e do senador José Sarney (AP), candidatos do PMDB na Câmara e no Senado. O PMDB, caso confirme nas urnas o favoritismo, sairá das eleições com um alto cacife, e nem governo e nem a oposição vão prescindir de seu apoio no pleito de 2010. Por isso, esforçam-se para agradar ao partido na disputa legislativa.
"Ninguém faz uma coisa agora sem pensar mais para a frente", resume o atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
Hoje, o PMDB, que controla cinco ministérios, faz juras de fidelidade ao governo. Mas ninguém sabe o caminho que o partido, que sempre colocou um pé em cada canoa para manter-se eternamente no poder, vai tomar na sucessão presidencial. A oposição aposta que o PMDB agirá com pragmatismo. Ou seja, vai aliarse com o presidenciável que tiver mais chances de vencer em 2010. O próprio presidente do PMDB e candidato à Câmara mantém as portas abertas para um diálogo com o PSDB. "Compromisso com a Dilma ainda não há. Temos uma ligação hoje com o governo. Mas isso vai depender muito da reunião que o partido venha a fazer no final de 2009, começo de 2010, para tratar desse assunto", diz Temer, que contabiliza pelo menos 290 votos, entre os quais 44 dos 57 possíveis do PSDB. Para se tornar presidente, Temer tem de amealhar, no mínimo, 257 votos.
Se política fosse matemática, a equação estaria resolvida, mas mesmo no seu comando de campanha acredita-se numa traição de até 30% dos deputados. O candidato do PMDB à presidência da Câmara apoiou o PSDB nas campanhas de 2002 e 2006. Desembarcou no governo Lula, assim como o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, só depois da reeleição e mantém os laços com os tucanos. Será decisivo nas negociações para um eventual acordo com o PSDB. "É do interesse do PSDB e de José Serra fortalecer o PMDB, porque é grande a possibilidade de termos o PMDB como aliado em 2010. Estamos construindoessas futuras alianças, pensando em 2010", admitiu o deputado federal Waldir Neves (PSDB-MS), revelando a estratégia que os caciques tucanos apenas verbalizam em privado.
Quando os homens da crise se reúnem
Eles eram chamados de "senhores do universo". Todo início de janeiro banqueiros e executivos de grandes grupos industriais dos Estados Unidos e da Europa reuniam-se na cidade de Davos, nos Alpes suíços, e deitavam falação sobre os rumos da economia mundial. Como concessão máxima, abriam espaço na agenda oficial para alguns nomes em evidência do mundo em desenvolvimento. Agora, a máscara do Fórum Econômico Mundial caiu. Está claro que os homens de Davos, inebriados pela globalização, não conseguiram prever a magnitude da crise financeira internacional. À exceção de casos isolados, como o do economista Nouriel Roubini, eles falharam. E agora batem cabeça na tentativa de apontar os responsáveis e as saídas.
O evento deste ano, que começou na quinta-feira 29, foi marcado exatamente pelo fogo cruzado de opiniões. Davos tornou-se uma Torre de Babel em que as convicções pertencem ao passado. O tema foi pomposo: "Moldando o mundo póscrise". Mas ninguém conseguiu dar uma resposta conclusiva, pois os tempos são de incerteza.
Antes mesmo de o fórum abrir seus trabalhos, o vice-presidente do Citigroup, Bill Rhodes, afirmou em Zurique que o mundo vive "uma recessão profunda que não víamos desde a Segunda Guerra Mundial."
Em diagnóstico igualmente sombrio, o Instituto Internacional de Finanças (IIF), que reúne os maiores bancos comerciais do mundo, previu uma retração de 1% no crescimento mundial em 2009, com recessão de 2% nos países industrializados e de expansão de apenas 2,7% nos países emergentes. Para o Brasil o IIF anunciou um crescimento inexpressivo, de mísero 0,8%. O FMI , por sua vez, também reduziu suas previsões. Seu relatório mais recente afirma que o mundo vai crescer somente 0,5% em 2009, o nível mais baixo desde a Segunda Guerra Mundial. Em novembro, o diagnóstico era de crescimento global de 2,2%.
Carta Capital
Globalização 2.0
“Moldar o mundo pós-crise.” Nenhuma das edições mais recentes do Fórum Econômico Mundial (WEF, segundo a sigla em inglês) permitia prever o tema de Davos 2009 e seu caráter imperativo e intervencionista. De “O Imperativo Criativo” (2006) a “O Poder da Inovação Colaborativa” (2008), os temas eram tão banais e otimistas quanto títulos de livros de autoajuda para executivos. Palestras estendiam-se sobre temas como “a necessidade de renovação constante dos negócios como elemento-chave de um alto desempenho” e questionamentos tão pouco polêmicos como “a União Europeia enfrenta desafios-chave como a Constituição e o crescimento econômico sustentado”.
Agora, o clima é de seriedade e urgência. Klaus Schwab, fundador e presidente do WEF, fez seu discurso em tom de mea-culpa: “Somos todos responsáveis por não reconhecer os riscos de um mundo totalmente desequilibrado. Deveríamos ter prestado mais atenção naquelas pessoas que conseguiram prever os sinais e falaram desses riscos aqui nesta sala. A negação de uma verdade politicamente inconveniente ou desagradável, em conjunto com o instinto de manada, nos levou a depender de sistemas irreais e insustentáveis, enfraquecidos ou abusados de maneira antiética ou fraudulenta”.
Os encontros precedentes haviam sido abertos por alguns dos líderes ocidentais mais confiantes na livre empresa, como Angela Merkel (2006 e 2007) e Condoleezza Rice (2008). Desta vez, o discurso de abertura foi proferido em 28 de janeiro pelo primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, como “principal interventor sobre esse tema (moldar o mundo pós-crise)”, segundo seu chefe de gabinete, Yuri Ushakov. Se a intenção foi sublinhar que é o momento de deixar de lado a fé na mão invisível do livre mercado e ponderar a necessidade da mão visível do Estado, a escolha não podia ser mais apropriada, inclusive para lembrar os riscos de abusos na direção oposta. Putin resgatou a Rússia do caos provocado pelas reformas neoliberais, mas cobrou um preço muito alto, na forma de excessos autoritários mais que notórios.
O que esperava o ministro Tarso?
Consta que Cesare Battisti há anos escreve romances policiais. Arrisco que o melhor é sua própria história. Concluída pelo happy ending de filme hollywoodiano, graças ao governo brasileiro, disposto a atender aos apelos da gauche caviar, como se diz em Paris, a dos representantes do chique radical.
Recordo um programa do rádio brasileiro que me encantava a adolescência, contemporâneo da PRK 30 de Lauro Borges e Castro Barbosa, de uma graça hoje inconcebível. Era o contraponto de outro programa, grave e compenetrado, conduzido por um locutor chamado Gastão, a quem cabia entrevistar o doutor Leite de Barros para evocar casos remotos e próximos de crimes memoráveis. A conclusão vinha pela voz de barítono do doutor: “Sim, Gastão, o crime não compensa”. A história de Battisti teria de seguir pelo rumo oposto.
O APRENDIZADO. Há uma ficha detalhada da polícia italiana de um jovem cidadão nascido em Cisterna Latina, região do Lazio, em 1954. Aos 18 anos, a 13 de março de 1972, Cesare é preso pela primeira vez por furto agravado. Dois anos depois, a 19 de junho, preso novamente por lesões pessoais agravadas. Preso ainda a 2 de agosto de 1974, por rapina agravada e sequestro de pessoa. Denunciado a 25 de outubro do mesmo ano por desfrutamento de incapaz (por debilidade mental ou menoridade) para a prática de atos libidinosos. Preso em Udine, norte da Península, em 1977, por rapina. Admitamos, não é uma ficha enaltecedora do caráter e das tendências de qualquer um.
O palanque de Dilma
A eleição para a prefeitura do Rio de Janeiro, em 2008, resolvida no segundo turno com a vitória de Eduardo Paes, do PMDB, com apoio de partidos de esquerda, sobre Fernando Gabeira, do PV, sustentado pela direita, embutia a definição do palanque para a campanha presidencial de 2010.
O êxito de Paes, que tinha deixado a secretaria-geral do PSDB não muito tempo antes do pleito municipal, deixou alguma dúvida, nos petistas principalmente, sobre a lealdade política do novo prefeito carioca. Como deputado tucano, ele teve uma atuação das mais implacáveis nas CPIs, que, em 2005, infernizaram a vida de Lula. Nesta entrevista a CartaCapital, no entanto, ele repetiu, com mais ênfase, o que já havia sinalizado em ocasiões anteriores. Paes reafirma: “Na campanha presidencial, vou caminhar com o presidente Lula. Ou seja, a ministra Dilma”.
Isto será bom para a provável candidatura de Dilma Rousseff, se a administração de Paes for bem-sucedida. Não é fácil. O fracasso pode ir, também, para a conta da candidata do PT em 2010. Eduardo Paes sabe que, no Rio, a desordem e a violência “passaram dos limites”. Para superar os obstáculos, além de estar trabalhando “vinte horas durante sete dias da semana”, ele conta com o apoio do governador Sérgio Cabral e do presidente Lula. Não por acaso, o prefeito já montou um painel fotográfico atrás de sua cadeira de trabalho, onde, além de fotos com a família, só há exceção para quatro dele com Cabral e três com Lula.
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