O deputado Paulo Maluf (PP-SP), quer que o Congresso anule o pedido de prisão provisória expedido pela Justiça de Nova York sob o argumento de que tem imunidade parlamentar e não pode ter seu direito de ir e vir cercado pelos Estados Unidos.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, para se livrar da prisão e sair da lista de procurados da Interpol, Maluf encaminhou um documento ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Citando a Constituição Federal, o advogado de Maluf, Roberto Batochio, pede a interferência diplomática do gaverno brasileiro alegando que o pedido de prisão contra o deputado é um “gravíssimo ataque ao Parlamento Nacional e à soberania do Brasil”.
O presidente da Câmara repassou o documento aos ministros Tarso Genro (Justiça) e Celso Amorim (Relações Exteriores), e segundo o Estadão, pediu que fosse “garantida a proteção jurídica para livre exercício do mandato”, pois “o suposto desvio de verbas da prefeitura paulistana não diz respeito à Justiça norte-americana”.
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Maluf é investigado pela Promotoria Distrital de Nova York por lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de movimentar ilegalmente US$ 11,6 milhões (equivalente a R$ 24 milhões) em uma conta do Safra National Bank, de Nova York, para legalizar recursos que teriam sido desviados das obras da Avenida Água Espraiada e do túnel Ayrton Senna, realizadas enquanto era prefeito de São Paulo.
Em resposta, Maluf argumenta que deixou a prefeitura em 31 de dezembro de 1996 e que teve as contas “aprovadas com louvor pelo Tribunal de Contas”. (Soraia Costa)
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