Na próxima quinta-feira (6), parlamentares do Psol vão à Polícia Federal para ter acesso ao depoimento que o advogado Bruno Lins, afilhado de casamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), prestou há oito meses à Polícia Civil do Distrito Federal.
De acordo com as revistas Época e Veja, Bruno levou maletas recheadas de dinheiro para Renan (leia mais). O dinheiro seria fruto de um esquema que desviava recursos de ministérios controlados pelo PMDB. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também foi citado como suposto beneficiário do esquema.
Por sua vez, a servidora do Senado Flávia Garcia, ex-esposa de Bruno, disse que o advogado fez as denúncias contra Renan para prejudicá-la no processo de separação litigiosa. Flávia trabalha com o presidente do Senado.
Segundo a assessoria do senador José Nery (Psol-PA), o partido vai apresentar um requerimento para que as novas denúncias contra Renan sejam incorporadas na segunda representação que o senador alagoano responde no Conselho de Ética.
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Essa representação diz respeito à denúncia de Renan teria favorecido uma cervejaria depois que a empresa comprou uma fábrica do irmão do senador, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), por um preço acima do valor de mercado. Renan apresentará a sua defesa sobre essa acusação ainda hoje. (leia mais)
Caso o requerimento apresentado não seja aprovado pelos senadores, o que é bastante provável de acordo com a assessoria, o Psol entrará com uma nova representação contra Renan, ou seja, a quarta.
Renan Calheiros já responde a três processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado. Ele é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista, de ter favorecido uma cervejaria junto ao INSS e à Receita Federal e de ter usado laranjas para adquirir empresas de comunicação em Alagoas. (Rodolfo Torres)
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