O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, afirmou hoje (19) na Câmara, que reter os bois piratas pode afetar o equilíbrio de oferta e procura dos alimentos. Maggi participa de audiência pública junto com o governador de Rondônia, Ivo Cassol.
"A crise de alimentos vai fazer pressão. Estamos neste momento, não só no Brasil como fora, em uma condição de produção, oferta e demanda muito justa, então com qualquer coisa que altera você vai ter evolução dos preços”, afirmou.
O governador disse que a estimativa é que existam 10 milhões de bois piratas no seu estado. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou no início do mês a apreensão de bois criados em áreas desmatadas como forma de combater o desmatamento. Minc batizou a operação de "Boi Pirata".
Maggi questionou a metodologia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontou o Mato Grosso como o estado com maior área de desmatamento da Amazônia. "A metodologia do Inpe não é confiável. Eu não quero brigar com termômetro, mas tem que saber se a febre é de 40 ou 37 graus", afirmou.
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Ele também criticou a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de proibir crédito para agricultores que promoveram desmatamento. "Tirar os créditos é asfixiar a economia do estado. O número de pecuaristas com pequenas propriedades é maior que o de grandes propriedades", defendeu. (Tatiana Damasceno)
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