Presidente da Venezuela desde 2013, Nicolás Maduro, de 55 anos, é reeleito para mais seis anos de mandato, em uma eleição duramente criticada pela oposição e com elevado índice de abstenção. De acordo com a imprensa oficial, ele obteve 67,7% dos votos, enquanto o segundo colocado Henri Falcón conseguiu 21,1%.
Em entrevista coletiva na noite de ontem (20), Falcón disse desconhecer o resultado das eleições. Segundo ele, são necessárias novas eleições, pois houve uma “violação” do acordo pré-eleitoral. Há informações, não confirmadas oficialmente, de que o índice de abstenção nas eleições foi superior a 70%.
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“Não reconhecemos este processo eleitoral como válido”, disse Falcón. “Para nós não houve eleições, é preciso fazer novas eleições na Venezuela, não é uma colocação que viemos fazer, viemos fazer exigências.”
Maduro chamou os candidatos derrotados e as lideranças que promoveram a campanha em favor da abstenção para um diálogo. “Henri Falcón, Javier Bertucci e todos os líderes da oposição, [apelo para ] que nos reunamos, nos encontremos e falemos da Venezuela, convido-os aqui e assumo a responsabilidade deste chamado”, disse.
A Prensa Latina, agência oficial de notícias da Venezuela, e a Telesur, emissora oficial de televisão do país, informaram que 92% das urnas, em que 5.823.728 eleitores votaram, foram apuradas. As informações são atribuídas à presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, ligada ao governo.
Pressão
As votações ocorreram em 14.638 centros de votação em todo o país. Há informações de que os eleitores que resistiam a votar, marcando um elevado índice de abstenção, eram pressionados por grupos armados a comparecer aos locais de votação.
Em entrevistas coletivas, Maduro criticou a imprensa internacional, afirmando que havia uma campanha para difamá-lo. Ao final, ao fazer um balanço parcial sobre as eleições,afirmou que foi executado um Plano Nacional para controlar “pequenas irregularidades”. Não relatou quais foram essas ocorrências.
Legalidade
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, ressaltou que mais de 150 representantes de organismos internacionais acompanharam a “transparência e legitimidade” das eleições e dos conselhos legislativos. Na relação desses representantes estão o ex-ministro da Espanha José Luis Rodríguez e o ex-presidente do Equador Rafael Correa, ambos simpatizantes de Maduro.
O processo eleitoral foi acompanhado por forte esquema de segurança, com 300 mil homens da Força Armada Nacional Bolivariana, além do apoio de seguranças e funcionários públicos.
Quando observamos o caos em que está metida a ditadura venezuelana, cujas eleições são uma fraude óbvia, podemos constatar quais as consequências de um regime esquerdista levado às últimas consequências.
Nunca podemos deixar de agradecer aos milhões de heróis anônimos que saíram às ruas para apear o PT do poder enquanto era tempo. O projeto totalitário dos petralhas não estava totalmente implantado, houve uma janela de oportunidade com uma governante fraca e impopular, e milhões de patriotas protestaram contra o pior e mais perigoso governo da história, conseguindo chutar os malandros do poder.
E se isso não tivesse ocorrido? A vida hoje seria um pesadelo, e estaríamos a caminho de nos tornar uma Venezuela, sem nenhuma dúvida.