Eduardo Militão
A semana começa com uma viagem do presidente Lula para a América Central para prestigiar companheiros e fechar acordos. No Brasil, deputados e senadores discutem com técnicos e ministros como administrar o corte de cerca de R$ 20 bilhões no orçamento para adaptar o governo aos novos tempos, sem a CPMF. E um novo ministro pode chegar à Esplanada.
Hoje (14) pela manhã, Lula embarca para Guatemala. O petista deve chegar à tarde naquele país. Lula vai ao Congresso da Guatemalda acompanhar a posse do novo presidente guatemalteco, Álvaro Colón Caballeros, e seu vice, Rafael Espadano.
De lá, Lula vai a Cuba, onde deve chegar à noite. Ele inicia a visita à ilha de Fidel Castro na terça-feira. O objetivo do encontro é firmar acordos bilaterais. Os cubanos têm interesse em conhecer programas sociais do Brasil. Querem produzir biocombustíveis como o álcool e debater a validação, no Brasil, dos diplomas das faculdades de medicina de Cuba.
No Brasil, os parlamentares vão ter que debater com a equipe econômica do Planalto onde cortar o orçamento para enquadrar os gastos à falta dos R$ 40 bilhões arrecadados com a extinta CPMF. Apesar de alguns líderes defenderem o fim das emendas de comissão e a redução de 50% nas emendas de bancada, há deputados contrários a essa medida.
"Eu acho importantíssimas as emendas coletivas, sejam as de bancadas estaduais sejam as de comissões. Essas emendas devem ter um caráter coletivo, estruturante", disse o presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA) à Agência Câmara.
A viagem de Lula pode levar o presidente da Câmara, Arlindo Chingalia (PT-SP) a ocupar, interinamente, o Palácio do Planalto na segunda-feira e na terça-feira. É que o vice-presidente, José Alencar, foi internado na noite de sábado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e até ontem (13), não havia previsão de alta.
Ministério
Com o presidente Lula de volta ao país, na quarta-feira (16) pode ser anunciado oficialmente o nome do senador Edison Lobão (PMDB-MA) como novo ministro das Minas e Energia. Ele é o escolhido do PMDB para substituir Silas Rondeau, acusado pela Polícia Federal de receber R$ 100 mil de propina da construtora Gautama, motivo pelo qual foi afastado do cargo no ano passado.
Apesar disso, o fim de semana foi recheado de denúncias contra Lobão. Seu filho e suplente – futuro senador caso o pai assuma a pasta das Minas e Energia – admitiu à revista
Veja ter
usado uma empregada doméstica como laranja de empresas enroladas com o fisco. A Folha de S.Paulo noticiou que Edison Lobão foi aos EUA para uma missão oficial do Senado, mas aproveitou a estadia paga pela Casa para fazer ir a um médico especialista em osteoporose. "Não fiz nada que não fosse dentro das regras. Isso é uma coisa normal, das normas do Senado", justificou o senador (
leia mais).
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