Pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje (27) mostra que o governo atingiu, neste mês de março, o maior índice de popularidade desde 2003, primeiro ano de mandato do presidente Lula, quando registrou 51% aprovação.
De acordo com o levantamento realizado entre os dias 19 e 23 deste mês, 58% dos entrevistados avaliam o governo como “ótimo” ou “bom”. Já as menções de “ruim” ou “péssimo” totalizam 11%. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas, em 141 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A região Nordeste é onde o presidente Lula tem o maior índice de aprovação em comparação às demais regiões. Segundo a pesquisa, 70% dos nordestinos entrevistados avaliaram o governo como “ótimo” e “bom”.
Um dos motivos apontados pela pesquisa para o alto índice de aprovação do governo é o atual momento econômico pelo qual o país atravessa e as expectativas da população em relação ao futuro, de acordo com a pesquisa.
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Quanto a esse último quesito, 42% dos entrevistados acreditam que a própria renda irá aumentar nos próximos seis meses.
Ainda em relação aos salários, a pesquisa mostra que o novo valor do salário mínimo, que passou de R$ 380 para R$ 415, no início do mês, e as denúncias sobre gastos com cartão de crédito corporativo, estão entre os temas mais lembrados pela população.
Apesar das perspectivas positivas quanto aos vencimentos, a maioria dos entrevistados (51%) afirmou que a inflação vai aumentar nos próximos meses, contra 15% que dizem que isso não deve ocorrer. Há três meses, menos da metade (49%) dos entrevistados acreditava no aumento dos preços. Por outro lado, no caso do combate à inflação, 51% aprovam e 43% desaprovam a atuação do governo para conter a alta dos preços.
Reforma tributária
Um dos principais temas de debate hoje no Congresso, a reforma tributária também foi abordada na pesquisa. Segundo o levantamento, “parcela expressiva dos brasileiros” acredita que a reforma poderá acelerar o crescimento econômico do país, além de aumentar a oferta de vagas no mercado de trabalho. Por outro lado, mesmo com perspectiva de crescimento em vista, 60% do entrevistado desaprovam a política de impostos, já 35% aprovam.
Segurança pública
Os entrevistados também opinaram quanto à segurança pública do país, sendo que 46% avaliaram como "pior" em relação aos últimos dez anos. Entre as medidas para combater a criminalidade, a grande maioria (83%) defende o uso das forças armadas e a redução da maioridade para 16 anos. Já a prisão perpétua é defendida por 64% dos entrevistados e a pena de morte por 46%.
Congresso desacreditado
Se por um lado o presidente Lula se mantém tranqüilo quanto à sua imagem, os congressistas não dispõem da mesma retórica. Segundo a pesquisa, 61% dos entrevistados não confiam no Congresso Nacional. As instituições que mais inspiram confiança para os brasileiros é a Forças Armadas e a Polícia Federal. (Erich Decat)
Matéria atualizada às 16H37
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