O presidente Lula defendeu hoje (26), em entrevista a seu programa semanal de rádio “Café com o presidente”, que o investimento de R$ 41 bilhões previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das áreas de Ciência e Tecnologia fará com que os produtos brasileiros tenham mais valor agregado. Para o presidente, isso deixará o país mais competitivo e aumentará o ritmo de crescimento do Brasil.
“O Brasil daqui para a frente vai, cada vez mais, colocar dinheiro em ciência e tecnologia, porque todos nós hoje temos consciência de que sem fazer investimentos em ciência e tecnologia, nós não daremos o salto de qualidade que precisamos dar para competir nesse mundo cada vez mais inovado, cada vez mais tecnológico e cada vez mais competitivo”, argumentou ele.
O PAC da Ciência e Tecnologia foi lançado esta semana. Como citou Lula, o programa tem quatro prioridades: estender e consolidar o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia; promover a inovação tecnológica nas empresas, aumentando os gastos em pesquisa e estruturando o sistema brasileiro de tecnologia; fazer pesquisa em áreas estratégicas, como tecnologia da informação e biocombustíveis; e usar a ciência e a tecnologia para promover o desenvolvimento social.
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“Tudo isso tem como meta atingir, até 2010, o investimento de 1,5% do PIB em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Só para ter uma idéia de comparação, em 2006 o investimento nessas áreas foi de 1,02% do PIB”.
Lula também garantiu que haverá reajuste nas bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pelo governo. Além do aumento do número de bolsas concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com o presidente, as bolsas do CNPq passarão das atuais 95 mil para 155 mil.
O presidente também destacou que a grande diferença do PAC é que ele é um programa de metas do Estado. “Porque antes era assim, a Petrobras tinha o seu [programa], o Ministério da Educação tinha o seu, o Ministério da Saúde tinha o seu, agora, nós juntamos tudo num programa do Estado brasileiro”, disse.
Além disso, o presidente argumentou que os gastos com inovação tecnológico são investimentos. “Quando se fala de ciência, tecnologia e inovação, nós precisamos ver isso como investimento que vai trazer retorno, não apenas na produção de novos cientistas, mas vai trazer retorno do ponto de vista de melhorar a vida do povo brasileiro, melhorar a indústria brasileira, melhorar a qualidade do nosso produto”, defendeu. (Soraia Costa)
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