O presidente Lula recebeu uma gloriosa equipe hoje (26), em solenidade encerrada há pouco no Palácio do Planalto. Entre os integrantes, só craques: Pelé, Zagallo, Bellini, Moacir e outros representantes da primeira seleção brasileira de futebol a conquistar uma Copa do Mundo, em 1958, que receberam da Presidência da República homenagem por ocasião dos 50 anos da conquista do título. Também participaram do encontro o presidente de honra da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o vice-presidente José Alencar e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), entre outros.
Demonstrando bom humor e relembrando o tempo em que o Brasil ainda praticava o seu mundialmente respeitado “futebol-arte”, Lula falou durante cerca de meia hora para os jogadores e convidados – que receberam a medalha Heróis da Copa de 1958. Empolgado, o presidente chegou até a relembrar “a última vez” em que teria bebido exageradamente. Segundo o presidente, foi em 1974, quando o Brasil perdeu para a “laranja mecânica”, como era chamada a boa seleção da Holanda.
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“Foi a primeira vez que vi TV em cores na minha vida, na sede do sindicato [dos Metalúrgicos de São Paulo]. Tínhamos comprado bebida para beber de alegria. Mas depois do jogo, todo mundo se achou técnico da seleção, e achamos motivo para beber", revelou Lula, visivelmente feliz por receber os craques no Planalto e falar sobre futebol, um de seus grandes prazeres. “O futebol está impregnado na alma dos brasileiros quase na mesma proporção em que o ar que a gente respira”, exagerou, citando nominalmente cada um dos onze jogadores que estavam na solenidade, dos 22 que conquistaram a taça.
Mas nem tudo foram flores na visita, ao menos para a atual seleção brasileira de futebol. O presidente criticou a “falta de amor” dos atuais jogadores, a maioria envolvido com seus clubes no exterior – uma referência velada a Kaka (Milan) e Ronaldinho Gaúcho (Barcelona), que recentemente se recusaram a participar da Copa América alegando cansaço e necessidade de férias.
“Quando a gente está com a camisa [verde-amarela], representamos milhões de brasileiros. Temos que comer o dedo da gente para ganharmos o jogo. Lamentavelmente, não estamos mais neste momento”, resignou-se Lula, que é torcedor do Corinthians. (Fábio Góis)
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