Em visita ao município catarinense de São José, o presidente Lula afirmou hoje (8) que não vê problemas na venda das duas refinarias da Petrobras na Bolívia. Lula, no entanto, ressaltou que o preço da negociação deve ser justo.
"Se não for pago o preço justo, vamos buscar os nossos direitos", afirmou o presidente. De acordo com Lula, não há novidades nas negociações entre a Petrobras e o governo do presidente Evo Morales.
Ontem, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou que a estatal encaminhou ao governo boliviano a proposta final para vender integralmente as duas refinarias naquele país. Gabrielli disse que a empresa brasileira pode recorrer judicialmente caso não haja um acordo.
O motivo de vender as refinarias se deve aos efeitos do decreto assinado no domingo pelo governo boliviano, que concede à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) o monopólio da exportação do petróleo produzidos pelas refinarias do país.
"Sempre dissemos que nossa presença na refinaria dependia das condições operacionais da refinaria. Opção de ficar minoritária foi eliminada nesse momento", disse."Esperamos fechar um acordo logo”, complementou. O prazo para a resposta do presidente Evo Morales é de três dias, contados a partir de ontem.
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De acordo com a avaliação do governo boliviano, as duas refinarias, uma em Cochabamba e a outra em Santa Cruz, valem US$ 60 milhões. Para a Petrobrás, o preço delas é de US$ 136 milhões. (Rodolfo Torres)
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