O ex-presidente Lula tem se posicionado por mudanças na economia do país que, se acatadas, provocariam a saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda e de Alexandre Tombini da Presidência do Banco Central. No âmbito das políticas monetária e fiscal, o petista quer que a presidente Dilma Rousseff reduza a taxa de juros e afrouxe os gastos públicos. Com isso, ele espera criar uma retomada do crescimento do país pelo menos para os próximos dois ou três anos, isto é, até a sucessão presidencial em 2018. As informações são do jornal Valor Econômico.
De acordo com a publicação, as alternativas de Lula coincidem com o que pensa a presidente, o que é motivo de desânimo ao ministro da Fazenda. O ex-presidente se encontra hoje novamente com Dilma. Por sua vez, o ministro mostrou mais uma vez, nesta quarta-feira (16), disposição a deixar o cargo. A duas fontes do jornal, Levy declarou que “está cansado de não ser ouvido pelo governo”.
“Ele avisou que o Orçamento com déficit iria levar à perda do grau de investimento. Não o ouviram e deu no que deu. Agora está avisando que sem uma reforma da Previdência a situação vai se agravar ainda mais”, disse uma autoridade ao Valor.
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Outras medidas sugeridas por Levy não foram acaradas por Dilma. Para ele, o governo deveria ter cortado mais despesas obrigatórias e apresentasse mudanças mais rígidas em benefícios assistenciais, como auxílio-doença, e em programas sociais, como seguro-defeso. Nenhuma das sugestões foi incluída no pacote de medidas fiscais.
Entre a agenda de Levy e as demandas históricas defendidas pelo PT, Dilma avançou os cortes para o funcionalismo público e, agora, enfrenta desgastes dentro das vertentes de seu partido e com tradicionais aliados.
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