Em entrevista concedida há pouco ao Jornal Nacional, da TV Globo, o presidente Lula afirmou que não existiu uma "Era Palocci" em seu governo, numa referência à declaração do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que declarou o fim de tal período na condução da política economica do país.
"Primeiro não tinha política econômica do Palocci, a política econômica era do governo Se nós hoje podemos afirmar que o Brasil pode crescer é por causa da política séria que fizemos no primeiro mandato. Foi uma necessidade", afirmou o presidente reeleito com uma votação histórica.
Lula também afirmou que o programa Bolsa Família pode melhorar. "Nós queremos que as pessoas possam ter emprego e ganhar salário em função do seu trabalho". O presidente ressaltou a redução na ordem de 19,3 % da pobreza no Brasil. "Nós precisamos exterminar a miséria nesse pais", ressaltou Lula.
Sobre à relação do governo com o Congresso Nacional, o presidente declarou: "Eu não tenho projeto de interesse pessoal. Os projetos são de interesse da nação. Os congressistas terão que votar, não porque é um proposta do governo, mas é porque interessa ao Brasil".
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O presidente reeleito frisou a necessidade da oposição agir com responsabilidade. "O que é importante para nós é que deve ter uma diferenciação entre uma oposição eleitoral e uma oposição que não quer que o país dê certo. Eu espero que a oposição seja responsável para votar o que for de interesse do Brasil. O que não pode é atrapalhar o Brasil por disputas eleitorais".
Em relação à permanência do ministro Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Lula afirmou que não pretende trocar os ministros no momento. "Vamos trabalhar os grandes projetos. Não posso parar para discutir governo. No Brasil, convocação da seleção e do ministério todo mundo acha que pode dar palpite".
No que diz respeito à distribuição de cargos no próximo mandato, Lula afirmou: "Eu vou montar um governo baseado na competência técnica, no compromisso político e no compromisso programático. Aprendi muito nesses quatros anos. Vamos montar o governo de acordo com as forças políticas da nação, não tem como ser diferente".
A mensagem final do presidente foi de esperança no futuro do país. "Nós sabemos que temos que governar para 190 milhões de brasileiros. O que nós precisamos é alavancar essa parte mais necessitada da sociedade para que ela se torne classe média. Nós queremos apostar definitivamente no desenvolvimento econômica, na distribuição de renda e na educação de qualidade para que o Brasil consiga o desenvolvimento". (Rodolfo Torres)
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