Na abertura da primeira entrevista coletiva de seu segundo governo, o presidente Lula disse que “o Brasil de 2007 é um outro país” e fez uma projeção otimista para os próximos quatro anos. “O próximo período é de tranqüilidade. Não fazemos mais a política do ódio entre a base aliada e a oposição. Construímos uma base muito mais sólida. Estamos aprendendo a fazer coalizão política pensando em longo prazo e não apenas nas próximas votações”, afirmou.
Antes de abrir o espaço para as perguntas dos jornalistas inscritos, o presidente fez um balanço positivo da economia brasileira e disse que o país começará a colher, no segundo mandato, o que foi plantado em sua primeira gestão.
“Estamos preparados para fazer aquilo que não foi feito no primeiro mandato. Consolidamos a política econômica e junto com ela a política internacional”, declarou. Segundo o presidente, a relação comercial do Brasil com a América Latina é maior do que com a relação com a Europa e os Estados Unidos.
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“Deixamos de estar de costas uns para os outros e passamos a fazer uma parceria. No Brasil parecia impossível combinar crescimento das exportações com mercado interno.”
O presidente disse que pela primeira vez se combina no país crescimento econômico e controle da inflação. “Hoje não tem mais que perguntar sobre reservas, sobre crescimento da economia, sobre estabilidade, porque essas coisas estão praticamente resolvidas, porque o Brasil se preparou no primeiro mandato para dar um salto de qualidade no segundo. Vamos fazer isso agora com mais sabedoria”, completou.
O presidente reafirmou que não irá mais comparar seu governo com administrações anteriores. “Agora preciso comparar 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010”, disse. Lula disse ainda que em nenhum momento permitiu que “qualquer sintoma de crise política adentrasse no Palácio do Planalto”. (Edson Sardinha)
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