Terminou há poucos minutos reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com ministros e o relator do projeto de Orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SC). No entanto, o presidente não conseguiu chegar a um acordo sobre o principal assunto em pauta: o valor do salário mínimo para 2006.
Ontem, o PT cogitava um salário mínimo de R$ 350, mas entidades sindicais – que compõem boa parte da base eleitoral de Lula – pressionavam o governo para a aprovação do valor de R$ 400. Hoje, Lula ouviu as possibilidades apresentadas pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, com seus respectivos impactos sobre os gastos da Previdência Social.
De acordo com o estudo do ministro, o salário de R$ 330 teria um impacto de R$ 1,4 bilhão na Previdência. O mínimo de R$ 340 custaria R$ 3 bilhões aos cofres públicos, enquanto que os valores de R$ 350 e R$ 400 teriam um impacto muito maior (R$ 4,6 bilhões e R$ 12,4 bilhões, respectivamente). O presidente não manifestou interesse por nenhuma proposta. Merss e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disseram no encontro que não aceitariam valor abaixo de R$ 340.
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