Questionado, durante a entrevista coletiva que concede neste momento no Palácio do Planalto, sobre a nomeação de antigos críticos de sua gestão para ministérios, o presidente negou que ser hoje aliado de nomes como Mangabeira Unger (Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) lhe cause algum desconforto.
"Um presidente não governa com quem quer governar, governa com forças vivas. Eu perdi três eleições até que alguém me convenceu que eu não precisava fazer discurso para agradar o PT ou os 35% que já votavam em mim, mas precisava me preparar para ter os outros 15% ao meu lado".
Para o presidente, superar eventuais divergências é benéfico se a consequência for uma coalizão forte. "Eu não fiz acordo com pessoas, fiz acordo com partidos. Queria PMDB inteiro e não fracionado. Queria todo do PMDB, como queria todo o PRD. Se essas pessoas forem me dar problema, o partido delas tomará providências".
Lula atribuiu a mudança de postura dos ministros ao sucesso de sua gestão. "Muita gente vai engolir o que disse do governo. Nada como o passar do tempo. Graças a Deus que o mundo é assim e temos inteligência para ser metamorfoses ambulantes. O que posso garantir é que continuo hoje o mesmo Lula de 2003". (Carol Ferrare)
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