Na capital federal, o ápice da manifestação realizada na tarde desta quarta-feira (16), chegou a ter 5 mil militantes gritando questões de ordem contra a presidente Dilma. O protesto começou após a confirmação da ida do ex-presidente Lula para o Ministério da Casa Civil. De maneira espontânea – já que não houve marcação prévia da data – as ruas de 16 estados e do Distrito Federal ficaram repletas de questionadores do atual governo.
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Em Brasília, enquanto membros dos movimentos gritavam questões de ordem pedindo o impeachment da presidente e a renúncia de Lula ao cargo de ministro-chefe da Casa Civil. A Praça dos Três Poderes ficou tomada pelos manifestantes. Houve princípio de tumulto quando parte do grupo tentou invadir o Palácio do Planalto, mas a segurança conseguiu barrar. No momento mais tenso, policiais usaram gás de pimenta e bombas de efeito para dispersar os manifestantes.
Parlamentares da oposição estiveram no protesto e subiram nos carros de som estacionados pelos movimentos sociais nas ruas da Esplanada dos Ministérios. Entre eles, os deputados Darcísio Perondi (PMDB-RS), Bruno Araújo (PSDB-PE) e Alexandre Baldy (PSDB-GO). O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), também se aproximou dos militantes, mas preferiu apoiar o movimento no chão. “Dilma não tem mais governabilidade. Esse é o fim”, disse ao Congresso em Foco.
Confronto
Depois de cantar o Hino Nacional em coro, os participantes da manifestação de hoje (quarta, 16) seguiram para o gramado em frente ao Congresso Nacional, onde novos confrontos, dessa vez com a Polícia Legislativa, aconteceram. Manifestantes tentaram subir a rampa principal do Congresso e receberam gás de pimenta da segurança.
Esse foi o estopim para que os militantes começassem a atirar garrafas de água e latas de alumínio nos policiais. Outro artifício utilizado pelos grupos que confrontaram a tropa de choque que realizava a proteção do Congresso foram os rojões, atirados em direção à linha de contenção feita para evitar que os manifestantes chegassem perto das entradas principais da Casa.
Depois de quase sete horas de protesto, policiais Legislativos começaram a dispersar os grupos que representam os movimentos sociais à favor do impeachment com bombas de gás lacrimogêneo. Apesar de, no geral, o número de militantes ter diminuído, um grupo de pequeno porte continuou enfrentando os policiais. A Polícia Militar também ajudou a conter os ânimos do público presente.
Os movimentos pró-impeachment envolvidos nas manifestações desta tarde anunciaram, com gritos de ordem, que “amanhã vai ser maior”, fazendo referência aos protestos que serão impulsionados durante a nomeação do ex-presidente Lula ao cargo de ministro-chefe.
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