Thomaz Pires
O presidente Lula afirmou nesta segunda-feira (17) ser “desnecessária” uma acareação entre a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e a ex-secretária da Receita, Lina Vieira, para conferir as divergências sobre o suposto encontro reservado. Para o presidente, basta conferir as duas agendas para sanar a dúvida.
“Seria tão mais simples e fácil. Não precisaria nem gastar dinheiro, comprar passagem, ir ao Congresso. Era só pegar as duas agendas e ver o que aconteceu”, disse Lula pouco antes do almoço com o presidente do México, Felipe Calderón.
O presidente reforçou a defesa destacando que o assunto não merece a repercussão que vem recebendo. “Todas as vezes que neste país se começa a fazer carnaval com coisas que não dão samba as coisas vão ficando cada vez mais desacreditadas na opinião pública”, afirmou.
Até onde se sabe, a agenda oficial de Dilma não contém registro de reuniões com Lina Vieira. Entretanto, nem todos os compromissos das autoridades do Palácio do Planalto acabam sendo registrados. No entanto, a ex-secretária garante que a ministra pediu, no encontro, que as investigações contra a família do senador José Sarney (PMDB-AP) deveriam ser apressadas, o que Lina interpretou como encerramento das apurações. Mas Dilma nega que tenha dado a ordem e diz que sequer teve o encontro com Lina.
Prioridade de Sarney
Em seu programa de rádio Café com o presidente, Lula afirmou que seu governo retomou a prioridade que a gestão de José Sarney deu à ferrovia Norte-sul. Iniciada no final dos anos 80, a ferrovia teve 215 quilômetros construídos até 2002. Segundo Lula, sozinha, sua administração já fez 570 quilômetros.
“Por quê? Porque não foi considerada prioridade depois que o presidente Sarney deixou a Presidência da República”, afirmou Lula, no rádio.
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