A primeira reunião ministerial do segundo mandato do presidente Lula ocorreu hoje (2). O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi o tema central do encontro entre Lula e os seus ministros, que durou cerca de quatro horas.
“Falamos sobre PAC, PAC, PAC. Não teve mais nada. Foi uma apresentação dos novos ministros”, afirmou o deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), líder do governo na Câmara.
No encontro, Lula pediu empenho dos ministros para que as obras consideradas prioritárias em suas pastas deslanchem. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez uma apresentação sobre o cenário econômico do Brasil, já sob a ótica dos novos dados do Produto Interno (PIB).
Crise aérea
De acordo com José Múcio, o presidente não discutiu com os ministros a crise aérea durante a reunião. A primeira reunião ministerial do segundo mandato do presidente Lula começou com uma hora de atraso, devido a uma outra reunião convocada em caráter de urgência para discutir a crise aérea.
Antes do encontro com os ministros, Lula se reuniu com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, para cobrar a realização de um levantamento completo da situação de equipamentos e das condições de trabalho dos controladores de tráfego aéreo. Leia mais
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Coalizão
Na reunião, Lula também afirmou que a composição dos segundo e terceiro escalões do governo devem levar em conta a coalizão de partidos que o apóiam (leia mais).
“Um ministro não está obrigado a colocar só gente do partido na pasta. Ele tem que levar em conta que é um governo de coalizão. Ou seja, não tem porteira fechada”, afirmou o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins.
“Não existe política de ministro, boas ou más as políticas são de governo. E ministro não critica ministro publicamente. O governo se move com solidariedade interna”, complementou Franklin.
O presidente também afirmou que não cederá às pressões para elevar os gastos públicos. "Sempre que a gente melhora um pouco, aparecem pessoas que acham que está na hora de soltar as rédeas e gastar. Eu não farei isso", disse.
De acordo com o ministro Franklin Martins, Lula assegurou que irá manter a sobriedade na condução da política econômica em seu segundo mandato. (Rodolfo Torres)
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