O presidente Lula se reúne hoje com lideranças do PSB para tratar de uma aliança formal com o PT para as eleições presidenciais. Ainda não é certo que a aliança seja fechada. Devem participar do encontro, além de Lula, o presidente e vice-presidente do PSB, respectivamente, o deputado Eduardo Campos (PE), e ex-ministro Roberto Amaral.
“Estamos divididos, 50% para um lado e 50% para outro”, afirmou, ontem à noite, o vice Amaral. Na opinião dele, para o PSB seria melhor que o partido não fazer a coligação formal, para evitar as amarras que a verticalização.
Livre de uma coligação formal, a intenção do PSB é se coligar com as mais diversas legendas. Em Pernambuco, por exemplo, a aliança não é com o PT, mas com o PL e o PP; no Ceará, pode ser feita com o PCdoB.
O presidente Lula queria o ex-ministro Ciro Gomes na sua chapa, no lugar do vice José Alencar. Acontece que dentro do próprio PSB – especialmente na bancada do Congresso – Ciro não é o nome mais cotado para o partido. O PSB mandou sinais ao presidente de que aceitaria o convite para que a vice fosse ocupada pelo deputado Eduardo Campos, que vai disputar o governo de Pernambuco contra Mendonça Filho, do PFL, e contra Humberto Campos, do PT.
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Se fosse convidado por Lula para compor a chapa petista, ele poderia deixar o caminho livre para que o ex-ministro Humberto Costa brigasse sozinho com Mendonça Filho. Mas esse convite dificilmente será feito, acreditam os próprios socialistas.
Se o PSB coligar-se com o PT, Lula terá pelo menos mais cinco minutos diários na sua propaganda no rádio e na TV. O PCdoB também está no páreo para fazer uma coligação formal com o PT.
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