Durante discurso no último dia da 32ª Reunião de Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro, o presidente Lula voltou a defender a adesão da Bolívia ao bloco. "Nos alenta a manifestação de vontade da Bolívia de aumentar os trabalhos para sua incorporação como membro pleno do Mercosul. Que sejam bem-vindos os hermanos bolivianos", afirmou Lula.
Ontem, no primeiro dia do encontro, Lula mandou um recado direto ao presidente da Argentina, Néstor Kirchner. Ele pediu que os dois países, os maiores do Mercosul, sejam “mais generosos” com os vizinhos mais pobres e afirmou que integração significa, sobretudo, “despojamento de interesses pessoais e até de um interesse nacional”.
No discurso de hoje, Lula ainda afirmou que para melhorar o processo de integração é preciso adotar medidas concretas e inovadoras. "A reforma dos órgãos do Mercosul deve apontar para estrutura ágil e eficiente. Temos que trabalhar sobre aquilo que nos une", disse, e acrescentou: "Estamos abertos ao diálogo no contexto do processo de integração, mas pedimos que alternativa venham acompanhadas de alternativas viáveis para o nosso país".
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Lula citou números sobre os resultados do Mercosul e disse que, em 1990, antes do Tratado de Assunção, o volume de comércio entre os países membros era de US$ 3 bilhões. Hoje, ultrapassa US$ 30 bilhões.
Lula também fez um balanço da presidência temporária do Brasil. Ele lembrou de avanços como a instalação da cúpula social, o fórum dos municípios e províncias, o protocolo para acordo comercial com a Comunidade do Golfo Pérsico, os tratados com a Índia e a aproximação com a África Austral, Israel e a União Europeia, a adesão da Venezuela – que ainda não foi concluída – e o início da integração da Bolívia.
Lula entregou a presidência temporária do bloco a seu sucessor, o presidente paraguaio Nicanor Duarte Frutos.
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