O presidente Lula condecorou hoje (2) o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) presidente da Câmara dos Deputados, com a Ordem do Rio Branco. A condecoração foi criada em 1963 para homenagear pessoas, corporações ou instituições que se destacam.

Em pronunciamento durante a solenidade de formatura de novos diplomatas, Lula afirmou que o governo tem interesse em adquirir os imóveis de embaixadas que o Brasil aluga nos países onde tem representação diplomática. “Comprar as nossas próprias embaixadas é uma demonstração de que estamos naquele país definitivamente com marca registrada: a cara, a bandeira e a casa do Brasil”, disse.

Aos novos diplomatas, Lula ressaltou que a política externa do seu governo deve privilegiar políticas específicas para as nações pobres. “Temos que ter solidariedade sabendo que temos que ter políticas para ajudar os países menores e humildade para tratar os pequenos da mesma grandeza que tratamos os países grandes”, afirmou.

O presidente também destacou a importância do Mercosul na integração do continente. “As relações com a América do Sul nunca foram tão densas e intensas. Não foi fácil superar décadas de distanciamento. Sabemos que há momentos turbulentos, mas a integração é indispensável. Não há outro caminho para a América do Sul, senão o econômico, político e social integrado”, disse Lula.

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TSE: PT arruma pretexto para não revelar doadores

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, acusou ontem (1º) o PT de arranjar uma desculpa para protelar a entrega da prestação de contas detalhadas. O partido responsabilizou o programa de informática do TSE pelo atraso e, ao contrário das demais legendas, apresentou somente um resumo de suas contas referentes a 2006.
 
“É fácil transferir a culpa aos outros. Acham que, como o sistema informatizado não se mostrou ágil, não estariam compelidos a prestar contas. É um pretexto para projetar – adiar – a prestação de contas", disse Marco Aurélio, informa a Folha de S. Paulo.

Apesar de a data-limite ter se encerrado na última segunda-feira, o PT ainda não entregou os livros-caixa com informações como as listas de doadores e de credores da legenda. O tesoureiro do partido, Paulo Ferreira, disse que os dados só não foram apresentados porque houve erro na hora de lançá-los no novo sistema do TSE, que teria apresentado falhas.

"Os partidos podem fazer a prestação de contas pelo sistema tradicional. Não é a inexistência de um sistema ágil que dá a eles [PT] direito de se eximirem de prestar contas", afirmou o presidente do TSE. .

A campanha à reeleição do presidente Lula à reeleição recebeu R$ 16,2 milhões do Diretório Nacional do PT, segundo a prestação de contas entregue pelo partido em 2006. A quantia equivale a 47,5% dos R$ 34,12 milhões que o partido afirma agora ter repassado a seus candidatos em 2006, sem identificar os doadores e destinatários do dinheiro, destaca a Folha. (Edson Sardinha)