“Pensem num cabra feliz. Olhem pra cá: sou eu.” Foi com essa introdução que o presidente Lula celebrou o momento econômico por que passa o país, em discurso proferido hoje (5) na cerimônia que marcou o início da execução do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro, em Ipojuca (PE).
"Eu só posso acreditar que tem o dedo de Deus apontando e nos empurrando para eu assistir, presenciar, o que está acontecendo no nosso querido país", festejou Lula, em discurso que durou 35 minutos.
A solenidade, que serviu para formalizar o início do corte do aço para a construção dos dez primeiros petroleiros da estatal, marca também uma série de projetos de fomento para a indústria naval implementados pelo governo. Lula viu operários cortarem a primeira chapa de aço para a construção dos navios, e recebeu uma réplica de uma embarcação em aço.
Diante de uma platéia de metalúrgicos e petroleiros, Lula aproveitou a oportunidade para exaltar os investimentos do governo federal no setor, e foi ovacionado em diversas ocasiões.
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"As pessoas sabem que nós, que queremos fazer nossos investimentos, precisamos apostar na melhoria da qualidade profissional dos nossos homens e nossas mulheres, porque o mundo competitivo exige, cada vez mais, qualidade, sofisticação, e nós não estávamos evoluindo para isso", disse Lula, dirigindo-se a empresários, trabalhadores e "queridos companheiros e companheiras da imprensa", e lembrando que o país ficou por mais de duas décadas produzindo "a mesma quantidade de aço".
Na última quarta-feira (3), a Câmara aprovou a Medida Provisória 429, que permite à União participar do patrimônio do Fundo de Garantia para a Construção Naval (FGCN), possibilitando a aplicação de até R$ 1 bilhão no setor. Como já foi aprovada também no Senado, a matéria seguiu para sanção presidencial.
Acompanharam Lula no evento o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e os ministros Dilma Roussef (Casa Civil), Edison Lobão (Minas e Energia), Sérgio Resende (Ciência e Tecnologia), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e José Múcio (Relações Institucionais), além de deputados do estado e empresários e autoridades dos setores naval e petrolífero.
A ministra Dilma, aliás, depois de ter sido “nomeada” por Lula como a “mãe do PAC”, Programa de Aceleração do Crescimento, foi chamada pelo presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Paulo César Haddad, de “madrinha da indústria naval”. "Contamos com a visão estratégica da ministra, que é a madrinha da indústria naval, a nossa dindinha", brincou Haddad, referindo-se à época em que Dilma esteve à frente da pasta de Minas e Energia. (Fábio Góis)
Escute aqui a íntegra do discurso do presidente Lula em Pernambuco
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