O presidente Lula, candidato à reeleição pelo PT, afirmou hoje (16) que afastou o deputado Ricardo Berzoini da coordenação nacional de sua campanha porque ele não soube explicar quem pensou na "burrice" de comprar um dossiê contra candidatos tucanos às vésperas da eleição.
"Chamei o presidente do partido e perguntei: ‘eu quero saber quem fez essa burrice?’ Porque foi de uma sandice inominável. Ele me disse que não sabia. Eu falei: ‘Ricardo, você que é o presidente do partido tem obrigação de apresentar para a sociedade brasileira a resposta, Ricardo’. Na quarta-feira, eu o afastei da coordenação da campanha", disse Lula, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que vai ao ar hoje à noite.
Quando o escândalo veio à tona, Berzoini deixou a coordenação da campanha e também a presidência do partido. Lula disse que cobrou a investigação sobre os responsáveis pelo episódio até as últimas conseqüências. "A ordem dada à Polícia Federal é que não deixe pedra sobre pedra. Pode demorar um dia, um mês, um ano, mas que nós vamos descobrir nós vamos", afirmou o petista.
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Lula voltou a comentar a postura do presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, no segundo turno da disputa pelo Planalto e afirmou que o tucano parecia estar "ensandecido" no debate realizado pela TV Bandeirantes no último dia 8. "Eu acho que ele pensou que poderia resolver o problema da guerra com uma única batalha", provocou.
Ao comentar a estratégia de sua campanha ao segundo turno, que pretende rotular Alckmin como o candidato das privatizações, Lula negou que esteja apelando para o terrorismo eleitoral. O petista argumentou que está somente relembrando o passado.
"Nós não falamos nada mais do que a imprensa brasileira constatou durante todo o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, o mandato do governador Alckmin, que privatizaram quase tudo que tinha no Estado de São Paulo e no Brasil", ressaltou.
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