O embate dos próximos dias entre o presidente Lula e o candidato tucano Geraldo Alckmin será marcado por ataques à ética do adversário e do partido opositor. No caso do petista, a campanha de 2º turno será armada com denúncias de corrupção ocorridas no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A intenção será reduzir o desgaste eleitoral causado pelo escândalo do dossiê.
“Será uma belíssima oportunidade para um debate sobre ética. Ao contrário do que pensam alguns adversários nossos, o debate ético nos interessa porque teremos a oportunidade de verificar quem teve coragem de investigar, cortar na própria carne e proporcionar punições para pessoas próximas do partido governante e de todos os envolvidos. Além disso, poderemos perguntar por que a compra de votos da reeleição foi abafada pelo Fernando Henrique e por que as CPIs foram vedadas no governo anterior”, declarou o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro (PT-RS).
Quanto ao adversário tucano, a estratégia será questionar os motivos pelos quais Alckmin evitou a instalação de CPIs para apurar vários escândalos enquanto era governador de São Paulo. Nesse período, a Assembléia Legislativa do estado barrou a instauração de cerca de 60 comissões.
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“Não é razoável que o país seja induzido a esquecer que essa gente da coalizão PSDB e PFL são responsáveis pelos mais graves recentes escândalos impunes da história republicana do país (…) Em todos esses escândalos eu estou falando de bilhões desviados”, afirmou o ex-ministro da Fazenda e Integração Nacional Ciro Gomes (PSB-CE), que anunciou hoje (3) que integraria a coordenação de campanha de Lula. (Renaro Cardozo)
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