O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou nesta segunda-feira (1°), após encontro com o presidente Lula, que o governo anunciará ainda hoje medidas contra os grampos telefônicos contra autoridades dos Três Poderes. Neste momento, Lula está reunido com a coordenação política do governo no Palácio do Planalto.
“Ele está convencido de que isso não pode continuar. Ele disse que vai haver sindicância rigorosa, mas que até mesmo antes do desdobramento maior da sindicância vai tomar medidas, que, segundo ele, vão tranqüilizar a nação, principalmente numa hora como essa, que se está temendo até pela instabilidade das instituições”, afirmou o peemedebista.
Conforme revelou reportagem da revista Veja, publicada nesse fim de semana, um diálogo entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). De acordo com Veja, o grampo foi feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Acompanhado por Demóstenes e pelo senador Tião Viana (PT-AC), Garibaldi teve um encontro com Lula nesta tarde. Conforme destacou, Lula considerou a denúncia “extremamente grave”.
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Por sua vez, Demóstenes exigiu punição para os responsáveis. "Alguém tem que cair. Se foi o ministro da Justiça o responsável, como imputam alguns, inclusive de seu próprio partido, tem de ser ele. Se foi o general Jorge Armando Félix [chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República], tem de ser ele. Se for o Paulo Lacerda [diretor da Abin], tem de ser ele. E se forem funcionários querendo boicotar o Paulo Lacerda, que se afastem dez, vinte, trinta, cinqüenta", disse Demóstenes. "É preciso que haja um enquadramento, e foi isso o que dissemos ao presidente."
Por sua vez, os ministros do Supremo decidiram que vão “aguardar as providências” do governo em relação ao episódio. (Rodolfo Torres)
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