Em entrevista coletiva à imprensa, o presidente Lula disse que não pretende ceder e acabar com a DRU (Desvinculação das Receitas da União) e com a CPMF para agradar a governadores e empresários. "A gente não pode acabar com a DRU e com a CPMF porque senão estoura o orçamento do governo", garantiu.
O presidente contou que foi feita uma reunião com os governadores em 6 de março e que todos os pedidos feitos por eles estão sendo estudados pelo governo. "Eu não acredito que os governadores estão fazendo nenhum tipo de pressão, eles estão fazendo o papel deles. Eu duvido que tenha havido um momento em que um presidente da República tenha tido uma relação com os governadores como nós estamos tendo. Não levamos em conta o partido, mas o trabalho que eles têm que fazer para o povo que o elegeu".
Durante a entrevista, Lula também foi questionado sobre a pressão que estava sofrendo da base aliada com relação à distribuição dos cargos do segundo escalão do governo.
"Não existe votação para distrtibuição de cargos de segundo escalão. A distribuição de cargos não pode ser uma condição sine qua non para o apoio nas votações. Essa coalizão tem que ser montada e preparada para construir um projeto para este país e não para construir uma votação", afirmou.
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Lula lembrou que não será candidato em 2010 e que, com isso, "tirou um peso das costas", pois agora pode negociar com os partidos sem se preocupar com futuros adversários. "Estou mais leve, e acho que tiraram das minhas costas uns 30 kg. Eu não tenho mais que pensar em eleição, quem vai ser ou não candidato em 2010 não é problema meu".
Para concluir sua resposta, Lula mandou um recado aos parlamentares: "Não pode haver confusão quando se trata de um projeto importante para o desenvolvimento do país, porque aí não estão me prejudicando, estão prejudicando toda a população. Às vezes eu mando um projeto para o Congresso e acho que ele está perfeito, mas vem um deputado e faz uma emenda. Muitas vezes essa emenda vem pra melhorar e isto é muito positivo. É o exercício da democracia. Há muito tempo não tinha tanta democracia no país". (Soraia Costa)
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