A um dia de ter seu mandato sob julgamento dos pares da Câmara, o deputado Professor Luizinho (PT-SP) afirmou hoje estar tranqüilo para a votação do seu pedido de cassação, marcada para amanhã no plenário. Luizinho é acusado de ter sido beneficiário de R$ 20 mil do valerioduto. Os recursos foram sacados por um assessor do seu gabinete.
Em sua defesa, o petista disse que desconhecia a transação feita por seu subordinado e que o dinheiro serviu para bancar campanhas de vereadores do PT no ABC paulista, sua base eleitoral. Mas em janeiro, por nove votos a cinco, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o relatório de Pedro Canedo (PP-GO) que recomenda a cassação de Luizinho por quebra de decoro.
O ex-líder do governo rechaçou a tese de que pode ser prejudicado na votação secreta pelo fato de que seu pedido de cassação será julgado logo após o do deputado pefelista Roberto Brant (MG). “Os deputados serão julgados pelo fatos, pelos atos praticados, não pela ordem de entrada do processo em plenário. Ofende todos os parlamentares dizer que quem está em segundo é prejudicado.”
Nos últimos dias, Luizinho tem feito corpo-a-corpo para angariar apoios e impedir a perda de direitos políticos. Ele enviou telegramas e documentos aos 512 deputados para atestar que é inocente. “Estou totalmente convencido de que os deputados vão analisar cada caso individualmente. Os fatos dizem que sou inocente”, afirmou.
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Não fui abandonado
O petista disse ainda que em momento nenhum se sentiu abandonado pelo partido durante o processo. “Os diretórios municipal [Santo André], estadual e nacional do meu partido têm se posicionado a meu favor. O prefeito [João Avamileno], a vice-prefeita [Ivete Garcia] e o presidente do PT-SP [Paulo Frateschi] virão amanhã a Brasília me dar apoio.”
Ele disse ainda estar satisfeito com as manifestações e o apoio por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Lula cuida dos problemas do país, não dos nossos casos, mas quando foi possível mostrou sua solidariedade e seu apoio a mim.”
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