A venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa do Mundo de 2014 não deve acontecer. Nesta quarta-feira (14), o governo mudou sua orientação e permitiu que os líderes da base aliada tomassem uma posição contrária ao pedido da Federação Internacional de Futebol (Fifa) para que o comércio de cerveja fosse liberado. Um dos principais patrocinadores da entidade é a Budweiser, marca de cerveja da multinacional AB-Inbev.
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“Estamos entendendo que o governo não tem compromisso com esse artigo, não tem compromisso com a Fifa em relação à venda de bebidas nos estádios. Cabe a nós retirar do texto o dispositivo. Eu acho que fui induzido ao erro nesse item. Nesse caso, como é posição do governo e já havia várias rejeições, a base está achando melhor não encaminhar isso a voto”, disse o relator do projeto da Lei Geral da Copa, Vicente Cândido (PT-SP).
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“Esse não é um ponto central para o governo e não fazemos questão que ele esteja no texto”, ressaltou o vice-líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). A maior divergência na discussão do projeto até então era a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa do Mundo. Por conta da discussão sobre a possibilidade de existir comércio de cerveja nas arenas do mundial, o governo aceitou adiar a votação da proposta na semana passada.
Por 350 votos a favor e oito contra, a Câmara aprovou na semana passada o regime de urgência do Projeto de Lei 2330/11, que cria a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014. Desta forma, a proposta passa a trancar a pauta de votação em 45 dias. A turbulência política da base governista chegou na pauta da Casa. Previstas para ocorrer nesta semana, propostas que atraem polêmica, como a reforma do Código Florestal Brasileiro e o projeto da Lei Geral da Copa, ficaram para a próxima semana.
Líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi o autor do projeto que incluiu no Estatuto do Torcedor a proibição da entrada e consumo de bebidas ou substâncias que possam causar violência nas praças esportivas. Segundo o petista, havia dúvidas por parte de muitos líderes se o Brasil havia assumido um compromisso, ao trazer a Copa para o nosso país, de automaticamente autorizar a venda de bebidas alcoólicas no estádios. “Hoje, ficou claro que o governo não assumiu esse compromisso”, disse.
Na comissão especial que analisou o projeto, houve dois destaques apresentados pela oposição para a retirada da venda de bebida alcoólica do texto. “Finalmente, um gesto de bom senso do governo. Já havíamos apresentado emenda para suprimir do texto a venda de bebidas. Essa é uma vitória da sociedade brasileira e da paz nos estádios”, afirmou o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ).
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