Nem os próprios líderes governistas estão conseguindo chegar a um consenso sobre se a proposta de destinar 100% dos recursos arrecadados com a CPMF para a Saúde é oficial.
Nesta manhã, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que a idéia foi colocada pelos secretários estaduais e que o governo ainda está estudando se incluirá o novo item nas negociações para buscar o apoio da oposição à continuidade do tributo.
"Essa proposta ainda está sendo analisada. Por enquanto a proposta do governo é a que havia sido colocada anteriormente e que previa a isenção até R$ 2,8 mil; redução da alíquota; mais recursos para o PAC e returada da DRU da educação durante quatro anos", enfatizou Jucá.
A líder do governo no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), no entanto, garantiu que a proposta é oficial. "A proposta é do governo. E vamos votar [a CPMF] hoje de qualquer maneira", garantiu Ideli.
O líder do governo, Romero Jucá, também confirmou o desejo de que a votação seja realizada mesmo que o governo não tenha a certeza de ter alcançado os 49 votos necessários para aprovar a prorrogação. "O entendimento do governo é votar hoje", afirmou. "Agora temos duas opções: aprovar a proposta que já foi colocada e garantir as vantagens concedidas ou ter que cortar os gastos com saúde", acrescentou.
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O senador rejeitou a idéia de se deixar a votação para o próximo ano. "Não dá para ficar com o Orçamento aberto durante quatro ou cinco meses esperando para saber se vão ter esses recursos", argumentou. "Acho que podemos apressas esses entendimentos para [a discussão] não precisar chegar a janeiro".
Ainda de acordo com o senador, apesar do tempo apertado, o governo ainda pretende chegar a um entendimento com a oposição antes da votação da matéria. "A proposta formal do governo será fruto de um entendimento que surja. A bancada [do PSDB] tem posições divergentes e a negociação é até a hora de abrir o painel", afirmou. (Soraia Costa)
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