Ao rejeitar a idéia de se abrir uma CPI exclusiva do Senado para se investigar irregularidades no uso dos cartões corporativos, o líder do PMDB na Casa, senador Valdir Raupp (PMDB-RR), demonstrou ser pessimista quanto aos resultados da comissão mista, alegou que o Senado não poderia ficar apenas investigando e pediu que a comissão se ativesse aos documentos já fornecidos pelos ministérios ao invés de só se preocupar com os gastos sigilosos.
"Estou preocupado com os trabalhos do Senado, nossa agenda anda negativa há muito tempo. Nós precisamos trabalhar um pouco mais além de só investigar", argumentou ele, reclamando que o pedido de abertura de uma nova CPI seria uma quebra de acordo.
"O PMDB tinha a presidência da comissão e cedeu ao PSDB para que não se abrisse uma nova CPI. Se fizerem outra CPI, a base do governo vai colocar o presidente e o relator porque foi quebrado o acordo. E mais uma vez a CPI não vai produzir. Então eu pergunto: será que interessa ao Senado ficarmos trabalhando somente em investigação? Há outros órgãos para investigar, como a Polícia Federal, o Ministério da Justiça, o Tribunal de Contas da União", disse o líder peemedebista.
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"Está chegando uma carreta de documentos, porque se ater ao que está sigiloso", questionou Valdir Raupp.
Indignado com as afirmações de Raupp, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disse que o líder peemedebista havia acabado de dar mais argumentos para a abertura da nova comissão ao dizer que a CPI mista não iria produzir. Em uma comissão apenas de senadores, o governo não teria tanta vantagem na hora da votação dos requerimentos. (Soraia Costa)
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